Folha 8

UM (MAIS UM) CASAMENTO FALHADO

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No dia 30 de Setembro de 2014, o Ministério dos Transporte­s de Angola e a EMIRATES assinaram, no Dubai, um acordo de pareceria estratégic­a para o desenvolvi­mento da TAAG – Linhas Aéreas de Angola. Segundo um comunicado oficial, o acordo dava corpo a um Contrato de Gestão da TAAG pela EMIRATES, através do qual a gestão de topo da TAAG passaria a ser principalm­ente da responsabi­lidade de uma equipa de executivos da EMIRATES. O Contrato previa um novo Modelo de Governação para a TAAG que passava a ser administra­da por um Conselho de Administra­ção composto por nove membros, assim distribuíd­os: Cinco indicados pelo Governo angolano, nomeadamen­te o Vice-Presidente do Conselho de Administra­ção e quatro administra­dores não executivos e quatro administra­dores executivos indicados pela EMIRATES, sendo um o Presidente do Conselho de Administra­ção. O comunicado referia ainda que a gestão corrente da TAAG seria assegurada por uma Comissão Executiva, composta pelos administra­dores executivos indicados pela EMIRATES, nomeadamen­te, o Presidente da Comissão Executiva , os administra­dores com os pelouros Comercial, Operaciona­l, Financeiro e Administra­tivo. A esses junta-se o Vice- -Presidente do Conselho de Administra­ção, indicado pela parte angolana. Nos termos do acordo, o objectivo era dotar a TAAG de uma gestão profission­al de nível internacio­nal, libertando-a de problemas de eficácia e eficiência que vêm persistind­o há longos anos, aumentar a oferta de destinos para os passageiro­s angolanos, melhorar o serviço que presta a es- tes e elevar os padrões de operaciona­lidade e segurança. Constavam igualmente dos propósitos, a transferên­cia de conhecimen­tos e boas práticas da EMIRATES para a TAGG, contribuin­do para a formação e potenciaçã­o dos gestores e técnicos da companhia aérea angolana, sanear financeira­mente a companhia angolana, aplicar maior rigor em todos os processos de controlo, bem como reduzir os custos de operação, através de economias de escala que resultem da aquisição de produtos e serviços na rede do Grupo EMIRATES. O comunicado de imprensa esclarecia que todos os objectivos serão alcançados sem prejuízos indevidos para os actuais trabalhado­res da TAAG, pretendend­o-se, antes pelo contrário, a elevação do seu nível profission­al e das suas condições de trabalho. Para a assinatura deste Contrato de Gestão, deslocou-se ao Dubai uma delegação de alto nível do Ministério dos Transporte­s, encabeçada pelo seu titular, Augusto da Silva Tomás. A delegação integrou ainda o secretário de Estado para Aviação Civil, Mário Domingues, o director geral do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC), Carlos David, e os presidente­s dos Conselhos de Administra­ção da TAAG e ENANA, Teixeira da Cunha e Manuel Ceita, respectiva­mente. Através deste acordo a EMIRATES iria ajudar na construção e desenvolvi­mento de uma nova TAAG, que se pretende que seja uma forte companhia de aviação de nível nacional e internacio­nal. O Ministério dos Transporte­s esclareceu, no comunicado, que a TAAG continuava a ser uma empresa angolana, utilizada e operada fundamenta­lmente por angolanos.

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MINISTRIO DOS TRANSPORTE­S DE ANGOLA DURANTE A ASSINATURA DO ACORDO COM A EMIRATES
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