ATÉ VER AINDA É DEUS NO CÉU E, CLARO, SANTOS NA TERRA!
OPresidente da República do MPLA (se fosse de Angola teria, necessariamente, outro comportamento), João Lourenço, qualificou no dia 22.05, em Luanda, José Eduardo dos Santos, famigerado “escolhido de Deus” e “arquitecto da Paz”, como exímio diplomata, “que conduziu, com mestria e saber, o processo de reconhecimento, pela comunidade internacional, do Estado angolano, fundado a 11 de Novembro de 1975”. João Lourenço discursava na 8ª Reunião de Embaixadores de Angola no Exterior, que decorreu até ontem, sexta-feira, em Luanda e que pretende – segundo a fidedigna informação do MPLA – alicerçar uma diplomacia mais eficiente e virada para a promoção da boa imagem do país, para a captação do investimento privado estrangeiro e para a sua eleição como destino turístico. Nesse discurso, o Chefe do Estado do MPLA apreciou, também, o seu antecessor, em toda a sua acção, “que permitiu à Nação angolana sobreviver perante a hostilidade do regime do apartheid e dos seus aliados e afirmar-se como Nação solidária com os povos oprimidos da África austral e do resto do Mundo”. De recordar que o José Eduardo dos Santos, que, em 1979, viria a ser eleito, pelo Comité Central do MPLA, Presidente do Partido e da República Popular de Angola, foi o primeiro ministro das Relações Exteriores do Governo angolano, constituído em 11 de Novembro de 1975, com a proclamação da Independência Nacional feita pela MPLA. Um ano depois, a 1 de Dezembro de 1976, discursava na cerimónia de admissão de Angola, como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas (ONU), onde, ladeado pelo seu secretário-geral da época, Kurt Waldheim, agradeceu “todas as deferências com que a delegação da República Popular de Angola foi cumulada, nesta data histórica para o nosso povo e para ao nosso país”. “Quero, por isso, realçar o facto de que, ao longo de toda a nossa história, ter sido crucial o papel desempenhado por exímios diplomatas angolanos, dentre os quais quero destacar a figura do Presidente José Eduardo dos Santos”, disse o Presidente João Lourenço, 41 anos depois do ingresso de Angola na ONU.