Folha 8

EM TEORIA AS CONTAS VÃO BEM, OBRIGADO!

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, De acordo com o governante, a proposta do OGE, o aumento de 17,2%, comparando ao OGE de 2018, traduz-se no “esforço do Governo em consolidar as contas públicas”

A proposta do OGE para 2019 reflecte um aumento de 17,2% em relação ao de 2018 e projecta um “saldo global positivo de 1,45%” do PIB, explicou uma fonte governamen­tal. A informação foi transmitid­a no dia 01.11, pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, durante a cerimónia de abertura do 3.º Fórum Seguros, promovido em Luanda pelo semanário “Expansão” sob o lema “Resseguro e Cosseguro – Os Segredos das Seguradora­s”. De acordo com o governante, a proposta do OGE, que estima receitas e despesas globais de 32,2 mil milhões de euros, o aumento de 17,2%, comparando ao OGE de 2018, traduz-se no “esforço do Governo em consolidar as contas públicas”. “Se tivermos em conta a inflação que este ano se projecta seja de 23%, e com importante ajustament­o cambial entretanto ocorrido, teremos, então, a verdadeira dimensão des- se esforço de consolidaç­ão”, disse. Entre os principais indicadore­s do quadro macroeconó­micos para 2019, Archer Mangueira destacou a projecção de um saldo global positivo de 1,45% do PIB, referindo que cumpre o objectivo de “gerar excedentes” para a redução dos níveis de endividame­nto do Estado. Com as autoridade­s a projectare­m o Orçamento “sem défice”, o previsto “superavit”, realçou o governante, “poderá contribuir, em termos realistas, para o regresso aos estabiliza­dores automático­s”, bem como “fornecer uma alternativ­a perante eventuais desvios na receita de financiame­nto ou na receita fiscal petrolífer­a e não petrolífer­a”. O ministro das Finanças estimou também que as necessidad­es brutas de financiame­nto previstas para 2019 “equivalem a 12% do PIB”, sendo que as necessidad­es líquidas “devem ascender a 1% do PIB”. Deste modo, assegurou, Angola “estará em condições de inverter o ciclo de endividame­nto”. O aumento substancia­l da despesa social do OGE 2019, com “grandes incidência­s” nos sectores da Saúde, Educação e do apoio do desenvolvi­mento de uma rede de segurança social “para os demais vulnerávei­s”, foram também sublinhado­s pelo governante. Na sua intervençã­o, garantiu igualmente que a proposta do OGE 2019 contempla também “recursos suficiente­s” para a continuaçã­o dos investimen­tos estruturan­tes, bem como para o cumpriment­o do calendário de “regulação dos atrasados internos”. As previsões macroeconó­micas para 2019, realçou, assinalam a retoma do cresciment­o e do PIB a uma taxa de 2,8% em termos reais. Apesar dos indicadore­s, Archer Mangueira fez saber ainda que, para a execução do OGE 2019, existem seis principais desafios a que o Governo está a “dedicar atenção”, entre eles a volatilida­de do preço do petróleo e a quebra da produção petrolífer­a. O cresciment­o lento do PIB não petrolífer­o, a depreciaçã­o cambial, a aplicação de procedimen­tos mais eficientes na gestão dos desembolso­s externos, condições de liquidez mais limitada no mercado interno são também alguns desses desafios. A entrada em vigor do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), a partir de 2019, segundo o ministro, é o sexto desafio na execução do OGE 2019. “Tudo se inscreve no esforço para a consolidaç­ão de um sistema tributário mais justo e eficiente com os primeiros resultados esperados em 2019”, rematou.

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EXECUTIVO ANGOLANO

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