Folha 8

REDITUS FACTURA 53 MILHÕES DE EUROS COM AS FAA

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Um sindicato bancário vai financiar, com mais de 53 milhões de euros, o desenvolvi­mento de uma solução informátic­a para as Forças Armadas Angolanas, a cargo do grupo português Reditus, segundo despacho assinado pelo Presidente da República de Angola. Em Abril deste ano, a Reditus disse, em comunicado ao mercado, que tinha créditos no valor de 50 milhões de euros a receber de entidades públicas de Angola. De acordo com o documento, de 27 de De- zembro, em causa está a terceira fase do projecto para Implantaçã­o de Soluções do Centro de Dados e de uma Plataforma de Software, contratado em 2017 pelo Governo angolano à empresa ALL2IT, do grupo português Reditus. Trata-se de um contrato inscrito na linha de seguro de crédito à exportação da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC) de Portugal, no valor de 62,7 milhões de euros, envolvendo um projecto de comunicaçõ­es fixas, voz e dados, assim como o desenvolvi­mento de um centro de dados e de plataforma de software para o Ministério da Defesa de Angola. No despacho deste mês, o Presidente João Lourenço autoriza o financiame­nto deste projecto público pelo sindicato bancário constituíd­o pelo Banco Angolano de Investimen­tos (BAI) Europa, BCP e Banco L. J. Carregosa, no valor de global, equivalent­e em kwanzas, de 53,295 milhões de euros (85% do valor total). A ALL2IT é uma empresa do grupo português Reditus, que por sua vez tem negócios, em África, além de Angola, na Guiné Equatorial e em Moçambique. De acordo com informação da Reditus, o empresário Miguel Pais do Amaral detém 24,74% do capital social do grupo tecnológic­o, seguido do BCP (16,51%) e da família Moreira Rato (10,12%), entre outos accionista­s. No relatório e contas de 2017, a Reditus refere que este contrato foi incluído naquele mesmo ano no “plafond protocolad­o para cobertura de riscos de crédito à exportação de bens, equipament­os serviços de origem portuguesa para a República de Angola”. “Permitindo assim receber em euros em Portugal o montante equivalent­e a 85% do montante atrás mencionado, sendo de destacar os principais passos do processo”, lê-se no documento, acrescenta­ndo que este montante “refere-se a um projecto de serviços de tecnologia e software”, que foi “considerad­o estratégic­o” pelo Governo angolano. “A COSEC notificou oficialmen­te a aceitação por parte do Ministério das Finanças de Portugal quanto à inclusão do referido projecto na linha protocolad­a. A Reditus apresentou um sindicato bancário constituíd­o por bancos portuguese­s para negociar os termos e condições do financiame­nto, tendo estes elaborado uma proposta de financiame­nto e respectiva ficha técnica a qual foi negociada entre as partes e aprovada final de Julho de 2017”, lê-se ainda.

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