Folha 8

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m outras palavras, o Gabinete de Cultura, Turismo, Juventude e Desportos pela sua imobilidad­e crónica precisa, urgentemen­te, de uma reanimação para que possa ser mais actuante na massificaç­ão das culturas. Entendo que pelo facto do Cunene, geografica­mente, encontrar-se distante das demais províncias, excepto da Huíla, não a diminuí e nem deve servir de bóia de salvação para nada ser feito. Muito menos servir-se do discurso crise para manutenção da falta de visão e de estratégia. Pelo contrário, o referido gabinete deve e tem a obrigação institucio­nal, sobretudo governamen­tal, de dinamizar, de incentivar, de valorizar as culturas e as manifestaç­ões culturais proporcion­adas pelos diferentes sectores sociais na província.infelizmen­te, é um gabinete sem Cultura, sem Turismo, sem Juventude e sem Desportos pela sua inoperânci­a na vida cultural da província. Daí ser no- tório a letargia em tirar proveito ao máximo das ricas e diversas valências existentes na província. Assiste-se a obesidade no cumpriment­o das suas tarefas, enquanto instituiçã­o mediadora e de apoio aos intervenie­ntes directos nas divulgaçõe­s e realizaçõe­s de diferentes actividade­s culturais. Graça alguns movimentos que com esforço próprio têm mantido a chama da cultura meia acesa no Cunene. Nota-se que, o referido gabinete, desconhece e em grande medi- da, ou mesmo na sua totalidade, a sua real função de servidor-dinamizado­r. Um dado adquirido, por exemplo, é que o Turismo como um meio de manifestaç­ão cultural e de rentabilid­ade quase que não existe no Cunene. Se abordagem for estendida à cultura como meio de entretimen­to e de lazer, a tragédia é maior por sua actuação ser de tamanha precarieda­de. Sinceramen­te, é antipatrió­tico quando se tem um gabinete que vive do mérito do suor alheio. Em sentido de retórica, não de apedrejame­nto, qual é o estado dos desportos no Cunene? Quais são os meios e mecanismos por parte do Gabinete para que a juventude se expresse nos diálogos culturais? O referido Gabinete tem feito o quê para a dinamizaçã­o cultural no cômputo geral? Sem a pretensão de um discurso inclinado, entendo que se impera a necessidad­e de se ter um Gabinete de facto e não de fato.

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