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o meio de uma tempestade pérfida os agentes culturais, artistas e a ministra da tutela protagonizaram uma imaculada balbúrdia sobre o estado actual da CULTURA NACIONAL. Sem pretensão verosímil de procurar culpados ou vitimas, ficou assente a urgência em se repensar as prioridades e a estratégia ministerial para a expansão das disciplinas artísticas, a valorização dos agentes culturais, bem como um conjunto de iniciativas que se encontram estagnadas a mais de duas décadas. Neste quesito momentâneo é imperioso que e salvo melhor percepção artística ao longo do ano de 2019, se incremente: 1º o Fundo de subvenção ao livro (aprovado em 2018) de modo a permitir a redução do custo do livro, diminuir a literacia e fomentar a difusão e acesso ao livro nas zonas mais remotas de Angola; 2º reactivar as bolsas de criação artística; 3º reabilitação dos museus e salas de cinema espalhadas pelo país, de modo a fomentar o turismo cultural; 4º em colaboração com o Ministério da Educação elaborar o Plano Nacional de Leitura; 5º construção de salas de teatro, de exposições, cinema, leitura, ou em resumo CASAS DE CULTURA MUNICIPAL que podem albergar as várias disciplinas artísticas; 6º Encontros de concertação cultural. De destacar que as seis iniciativas apresentadas são sugestões e não constam de algum programa ministerial vigente. O Dia da Cultura Nacional de Angola foi instituído em 1986, após o discurso pronunciado pelo primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto, em 1979, na tomada de posse dos corpos gerentes da União dos Escritores Angolanos (UEA). “No contexto angolano, a expressão cultural resulta senão de cópia, e por enquanto pelo me- nos do resultado de uma aculturação secular, pretendendo reflectir a evolução material do povo, que de independente se tornou submisso e completamente dependente para voltar a ser independente em novas condições. Há que recorrer de novo à nossa realidade, sem chauvinismos, e sem renunciarmos à nossa vocação universalista,” asseverou Agostinho Neto.