ENCRUZILHADA ENTRE A (IN)COMPETÊNCIA E A ESTAGNAÇÃO DA MÁQUINA
O actual gabinete do Titular do Poder Executivo apresenta debilidades gritantes, prejudiciais à manobra operacional e necessariamente racional da máquina económica e do desenvolvimento, não tanto pela falta de formação académica dos seus titulares, mas face à visível inexperiência e capacidade profissional que o ministro de Estado e da Economia, Manuel Júnior, das Finanças, Archer Mangueira e do governador do BNA, Luís Massano, vêm demonstrando, com o atolar da economia, face às suas políticas que poderiam, nesta fase delicada de crise, onde a ousadia e perspicácia deveriam ser a mola propulsora do trio. A economia não precisava de um macro-economista sem tarimba e provas dadas, no batente, pois, em fase de crise, os países precisam de tarefeiros, homens do batente e não de filósofos da Teoria Económica, mesmo que doutorados nas carteiras da Europa. É que, em países como o Reino Unido, não há problemas primários, como os de Angola, que nem cuecas, para os militares das Forças Armadas produz, tão pouco tem um hospital público, para atender a elite governante. O Ministério das Finanças precisa de um multiplicador de números, um contabilista sénior, não sendo por isso avisado continuar a experimentar estagiários, in- capazes de traduzirem “raiz quadrada” de inglês para português, ferramenta fundamental no gerenciamento da dívida pública e das célebres “Ordens de Saque”, em muitos casos, eram um esquema ilícito de acumulação primitiva do capital, por parte dos dirigentes do regime, que assim, delapidavam os cofres públicos. O Banco Nacional de Angola precisa de um macro- economista com visão de águia para alocar o foco de regulação, lá onde a economia financeira estiver mais engripada e não de um contabilista, como Luís Massano, bancário de profissão, logo faz concorrência desleal, aos demais, por voluntária ou involuntariamente, privilegiar o seu banco: o BAI, nas operações onde a divisão deveria ser equitativa. Melhor desempenho poderia ter, por exemplo, se estivesse, no Ministério das Finanças dado o tacto que tem para a multiplicação financeira e respectiva distribuição. Enquanto estas três importantes pedras estiverem deslocadas dos reais lugares, a economia e o desenvolvimento continuarão amputados.
A economia não precisava de um macro-economista sem tarimba e provas dadas, no batente, pois, em fase de crise, os países precisam de tarefeiros, homens do batente e não de filósofos da Teoria Económica, mesmo que doutorados nas carteiras da Europa