DÍVIDA PÚBLICA ATINGE VALOR RECORDE: 91%
Veja-se o caricato de Archer Mangueira não ter conseguido cumprir promessas feitas em Maio de 2018, pela sua secretária das Finanças e do Tesouro, Vera Daves de Sousa, para pagamento da dívida pública às pequenas e médias empresas, que amortizariam as contraídas entre 2013 e 2017, com base no Programa de Estabilização Macroeconómica. Os delírios não passaram disso mesmo; promessas, promessas. E no virar apresentaram um pacote de resolução assente em três pilares, começando pelo SIGFE - Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado, que deveria proceder ao pagamento em dinheiro, através da emissão de cheques, valores inferiores a 500 milhões de kwanzas, ou pela emissão de OT (Obrigações de Tesouro) não reajustáveis, para credores com valores acima dos 500 milhões. Uma vez mais não passou de retórica para a comunicação social potenciar, num misto de informação e propaganda, e que na prática é o esticar de corda na garganta de grande par- te dos pequenos e médios empreendedores. Quanto ao segundo pilar, relativo a dívidas contratualizadas (as famosas dos desvios partidocratas), pasme-se, não registadas no SIGFE entre 2014 e 2016, receberam a promes- sa da emissão de Títulos de Tesouro, depois de um processo de certificação (apuramento do valor), pelo Titular do Poder Executivo, que alegadamente, inviabilizou os antigos aliados de Eduardo dos Santos, considerados marimbon- dos, privilegiando os novos bajuladores do convento... Em relação ao terceiro, o ministro propôs-se adoptar um conjunto de medidas e acções de prevenção, para não repetição dos erros antigos, mas, ele próprio, chegou a ser denunciado de em Benguela, por exemplo, fazer negócios consigo próprio, privilegiando uma das empresas em que é accionista, introduzida no sistema, com falsas Ordens de Saque. Verdade ou mentira, Archer Mangueira, ainda não veio desmentir ou distanciar-se de qualquer intervenção em benefício da empresa, nem de ela não estar no lote das que reclamam (35%), mas nunca prestaram serviços efectivos ao Estado, como denunciou a UNITA, para alavancar uma petição, para uma auditoria independente, à dívida pública.