EMPRESA COM CABOUCOS NA CORRUPÇÃO
Em relação aos 17 navios-patrulha, que vão ser adquiridos, num investimento avaliado em 550 milhões de euros, numa altura em que já começou o julgamento dos tailandeses, por alegada tentativa de burla ao Estado e porte de cheque falso (ao que se diz, nos últimos tempos, ser verdadeiro), importa acautelar quem está por detrás da empresa vendedora dos navios, não vá também o diabo tecê-las, como ocorreu no país amigo do Índico. A empresa Privinvest de Abu Dhabi, cujos dirigentes, estiveram com a delegação presidencial no Dubai (este mê de Janeiro), é a mesma que está, umbilicalmente, envolvida, no escândalo da empresa EMATUM de Moçambique, que levou à detenção do ex-ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang (detido na África do Sul, através de Mandado de Captura Internacional e um pedido de extradição, por parte dos Estados Unidos, por alegado desvio de fundos de financiamento americano, direccionado às Pescas e à Saúde) é dona do Estaleiro Naval de Kiel, na Alema- nha, onde em Agosto de 2018, na visita presidencial, foi rubricado o contrato para fornecimento dos 17 navios-patrulha, através de um financiamento do Banco Credit Suisse de 700 milhões de euros. Como se pode ver é muito atum, capaz de untar as mãos, envolver e perigar a estratégia de aplicação dos financiamentos estrangeiros, se não houver uma mudança de direcção e, repetimos, um Pacto de Regime, para higiene intelectual dos servidores públicos e respeito ao Estado Democrático e de Direito.