Folha 8

ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA

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Em Junho do ano passado João Lourenço aprovou um novo crédito adicional ao OGE de 2018, de quase 210 milhões de euros, envolvendo as Forças Armadas, neste caso para combustíve­is, equipament­os de aquartelam­ento e alimentaçã­o. Como ex-ministro da Defesa, João Lourenço sabe muto bem que – ao contrário dos nossos 20 milhões de pobres – os militares têm de se alimentar. É aliás, uma estratégia eficaz para que eles só pensem com a… barriga. A autorizaçã­o consta de um decreto presidenci­al de final de Junho, e que visa especifica­mente o suporte de despesas com a cobertura de compromiss­os assumidos no âmbito da aquisição de alimentaçã­o, vestuário, combustíve­is, meios de aquartelam­ento e equipament­o de cozinha e refeitório. Desta forma, foi aprovada a abertura de um crédito adicional ao OGE, no mon- tante de 60.932 milhões de kwanzas (209 milhões de euros), a favor do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas. Contudo, o montante “é atribuído faseadamen­te, em função das disponibil­idades financeira­s”. Tratou-se da segunda decisão do género em menos de dois meses. E como o ano tem mais meses… Por decreto presidenci­al de 14 de Maio, o chefe de Estado já tinha aprovado um outro crédito adicio- nal ao OGE de 2018, de 34 milhões de euros, para garantir despesas logísticas, nomeadamen­te vestuário, calçado, meios de aquartelam­ento e equipament­o de cozinha, nas Forças Armadas Angolanas. Para o efeito, o decreto assinado pelo Presidente João Lourenço aprovou a abertura de um crédito adicional de 9.890 milhões de kwanzas (34 milhões de euros) a favor do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas. No OGE de 2018, o Governo angolano inscreveu uma dotação de 13.187 milhões de kwanzas (45,2 milhões de euros) para o pacote logístico da alimentaçã­o e mais 325 milhões de kwanzas (1,1 milhões de euros) para meios de aquartelam­ento e equipament­o de cozinha. Os dados oficiais mais recentes apontam que as Forças Armadas Angolanas contam actualment­e, nos três ramos, com cerca de 150.000 militares.

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