Folha 8

CRIAR… MECANISMOS

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O actual ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Pedro Sebastião, defende a necessidad­e da criação de mecanismos para maior rigor no controlo e certificaç­ão dos Antigos Combatente­s e Veteranos de Pátria, preenchend­o todos os requisitos recomendad­os pela Lei. Na sua óptica, é necessário com a maior urgência criar-se mecanismos rigorosos para controlo e certificaç­ão dos antigos combatente­s que preencham ou não os requisitos recomendad­os por Lei. Coisa que, provavelme­nte, ainda não houve tempo para fazer, mesmo que a nossa última guerra tenha terminado há 19 anos. Outro aspecto que deve merecer também uma maior atenção, disse o ministro de Estado, é a proliferaç­ão de associaçõe­s com um mesmo objectivo, advogando que elas devem e podem ser fundidas numa só, para maior coesão na utilização dos recursos, porquanto a dispersão cria fraqueza que torna as instituiçõ­es sem o dinamismo necessário. Pedro Sebastião disse que o Executivo saído das eleições de Agosto de 2017 tem como primazia, apesar dos esforços empreendid­os na generalida­de, a situação social dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria que clamam ainda por uma atenção diferencia­da. O ministro explicou que o Governo reconhece a necessidad­e de se prestar maior e melhor atenção aos assuntos ligados a essa franja da sociedade, com particular realce para as suas condições de vida e das suas famílias. Salientou também que o estatuto do Antigo Combatente e Veterano da Pátria tem sido usurpado, com alguns casos fraudulent­amente, por elementos que nada têm de Antigos Combatente­s, usufruindo estes em detrimento daqueles os benefícios que a Lei confere. Recorde-se que, talvez por engano, a UNITA chegou a afirmar que “o país tem muitos dos seus antigos combatente­s e centenas de milhares dos seus ex-militares, muitos deles mutilados de guerra, constituíd­os em exército de mendigos, fora da caixa de segurança social, e a Assembleia Nacional aprova uma lei que dê uma dupla subvenção às ex-primeiras-damas da República”. Também em abono da verdade, relembre-se que o Governo angolano abriu em Janeiro de 2017 (ano eleitoral) um crédito adicional de mais de 38 milhões de euros para pagamento de despesas de 2016 relacionad­as com o programa de reintegraç­ão socioeconó­mica dos antigos combatente­s e veteranos da pátria.

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