MILAGRE EM PREPARAÇÃO, PARAÍSO CHEGA EM… 2022
Opresidente do Conselho de Administração da diamantífera angolana Endiama, José Manuel Ganga Júnior, afirmou que pretende que, em 2022, a empresa fique entre as maiores produtoras mundiais de diamantes, uma vez que Angola “tem um grande potencial de reservas”. Está visto. 2022 será o ano da chegada ao paraíso… ou ao inferno. Em declarações à agência Lusa, no final da apresentação de um breve resumo das actividades da Endiama em 2018 e das metas a alcançar para 2019, José Manuel Ganga Júnior sublinhou que Angola é actualmente o quinto produtor/exportador e que pretende quase duplicar a produção para 14 milhões de quilates até 2022. “Em 2018 estivemos essencialmente a estabelecer linhas de orientação para a nossa actividade. Realizamos o diagnóstico da empresa em todos os projectos mineiros e definimos linhas de orientação para aumentar as condições internas de exploração, em suma, a rentabilidade”, explicou No entanto, Ganga Júnior admitiu que o passivo da empresa é “ainda elevado”, sublinhando, porém, que tem diminuído significativamente desde 2016, situando-se actualmente nos 524 milhões de dólares (455 milhões de euros), dívida “que será paga no médio e longo prazos”. “Trabalhamos para vender mais e melhor, na comercialização, e produzir mais e melhor. Estamos a criar condições também para que a Endiama passe a ter produção própria, bem como a criar todo um conjunto de infra-estruturas que vai permitir saltar dos oito/nove milhões de quilates por ano para os 14 milhões em 2022”, sublinhou. Questionado sobre a intenção que manifestara durante a apresentação dos resultados – colocar a Endiama entre as duas/três maiores diamantíferas do mundo – Ganga Júnior lembrou que a vontade é “legítima”, uma vez que Angola tem condições naturais para atingir esse objectivo. “Temos condições naturais de recursos, de reservas de diamantes, precisamos é de investir e trabalhar mais na investigação geológica e mineira, porque o potencial de Angola lhe permite ir um pouco mais longe, e, talvez situarmo-nos entre os dois primeiros [produtores mundiais] até 2022”, enfatizou.