Folha 8

PRODUÇÃO SUBIU EM 2018

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Na apresentaç­ão dos dados da diamantífe­ra estatal angolana, Ganga Júnior salientou que a produção industrial em 2018 se situou nos 9.221.343 quilates (a meta eram 8.533.343 quilates), mais 8% do que o previsto e mais 3% do que em relação a 2017, quando foram recuperado­s 8.973.679 quilates. “A produção global, incluindo o semi-industrial, atingiu em 2018, os 9.433.887,60 quilates, ligeiramen­te inferior aos 9.438.801,10 quilates verificado­s em 2017”, explicou. Da produção industrial de 2018, acrescento­u, foram comerciali­zados 8.263.748,63 quilates ao preço médio de 148,11 dólares/quilate – em 2017 foi de 117,03 dólares/quilate -, tendo as vendas alcançado os 1.228.434.784,88 dólares (1.086 milhões de euros). Segundo Ganga Júnior, a melhoria do preço médio, em 27%, resultou numa receita adicional de 261 milhões de dólares (227 mi- lhões de euros) para uma empresa que conta com 11.035 trabalhado­res. As receitas brutas ascenderam a 1.255,4 milhões de dólares (1.092 milhões se euros) e o total de impostos pagos ascendeu a 252,16 milhões de dólares (219 milhões de euros). Segundo Ganja Júnior, efectuados os diagnóstic­os da situação das empresas mineiras com dificuldad­es técnicas e financeira­s, tendo como pano de fundo a melhoria da performanc­e operaciona­l e financeira, as perspectiv­as para 2019 passam por atingir os níveis de produção projectado­s, prevendo-se 9.500 milhões de quilates para este ano (com receitas brutas de 1.130 milhões de dólares), 9.850 milhões de quilates em 2020 (1.184 milhões de dólares), 11.300 milhões de quilates em 2021 (1.333 milhões de dólares) e 13.800 milhões em 2022 (1.584 milhões de dólares). Para já, destacou, estão em curso acções de restrutura­ção nas empresas mineiras de Luó, Camutué, Calonda e Luarica, maioritari­amente centradas nas províncias das Lundas (Norte e Sul) e Moxico, podendo estender-se, em 2019, para as do Bié e de Malanje, “onde existem boas perspectiv­as, mas cujo estudo geológico-mineiro está ainda por concluir. Nesse sentido, e no quadro da reestrutur­ação, a Endiama, sucessora da Diamang ( empresa de capitais mistos que funcionou entre 1917 e 1986), já redefiniu, por exemplo, o novo Mapa de Concessões Diamantífe­ras, em que baixou de 200 para 35 o total de concessões. Actualment­e, a Endiama Mining (empresa “mãe”) detém 17 concessões de prospecção, maioritari­amente de aluvião, em que a prospecção e produção é mais complexa, e apenas três em ‘kimberlito­s’.

O PCA da Endiama, José Manuel Ganga Júnior, afirmou que pretende que, em 2022, a empresa fique entre as maiores produtoras mundiais de diamantes, uma vez que Angola “tem um grande potencial de reservas”. Está visto. 2022 será o ano da chegada ao paraíso… ou ao inferno.

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