AS CONTAS DOS PANÇUDOS
O Governo angolano indicou no dia 17 de Outubro de 2018 que pretende “acabar com a pobreza extrema de – nas suas contas – três milhões de angolanos” até 2022, no quadro do Plano de Monitorização de Combate à Pobreza. Como agora diz o PNUD, os 20 milhões de pobres podem esperar sentados… até caírem para o lado. Finalmente o Governo do MPLA, que “só” está no poder há 43 anos, consegue assumir que há angolanos (mesmo que sejam de segunda) pobres, reconhecendo que três milhões (são muitos mais, mas já é alguma coisa) sobrevivem em “pobreza extrema”. Segundo o secretário de Estado da Acção Social, Lúcio do Amaral, no âmbito do plano, estão já a ser disponibilizados em todos os municípios de Angola “valores para fazer face aos programas municipais”, que não avançou quais são ou serão, não disse... O plano está, por sua vez, integrado no Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP) aprovado por um decreto presidencial a 06 de Junho de 2018, alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018/2022. “O plano visa aferir o grau de execução dos re- cursos disponibilizados e dos projectos, tendo em conta os indicadores de impacto e resultados. Para o efeito, foram criadas equipas integradas constituídas por todos os ministérios”, observou. As primeiras equipas de monitorização que vão avaliar indicadores nos domínios da “inclusão produtiva, construção e reabilitação de infra-estruturas, água, energia, saneamento” adiantou.
É uma vergonha e raia a mais sublime incompetência, em 43 anos, o regime de um país com uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, não conseguir dar água, a maioria dos cidadãos