BOLSONARO FAZ O MÍNIMO PARA VENDER EM DAVOS UM NOVO BRASIL
Ojornal francês Le Monde publicou no dia 22.01, uma notícia avaliando, negativamente, o discurso do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, na abertura do Fórum Económico Mundial. A articulista, Marie de Vergés considera que a primeira apresentação pública, “não deve entrar para os anais, como os de alguns de seus predecessores”. O que vai ficar do primeiro discurso internacional de Jair Bolsonaro, o recém-eleito presidente do Brasil? Convidado a falar na abertura do 49º Fórum Económico Mundial no 22 de Janeiro, em Davos (Suíça), o líder se contentou com o mínimo: uma apresentação concluída em menos de quinze mi- nutos e ainda pontuada de um convite para vir “descobrir” o Brasil, suas praias e sua floresta amazónica... O novo homem forte do Brasil reservara para a estação dos Grisões a sua primeira viagem ao exterior. Apelidado de “Trump dos trópicos” por seu discurso populista envolto de liberalismo, Bolsonaro despertou certa curiosidade. Um interesse reforçado pelas deserções de outros grandes nomes, como o presidente dos EUA, Donald Trump, Emmanuel Macron ou a primeira-ministra britânica Theresa May, demasiado ocupados em administrar crises na- cionais para viajar aos Alpes suíços. Sem surpresa, o presidente brasileiro esforçou-se em vender aos investidores estrangeiros um “novo Brasil”. “Nós gozamos da credibilidade que precisamos para realizar as reformas que o mundo espera de nós”, disse ele em tom marcial, antes de listar, enquanto enumerava rapidamente as promessas económicas de sua campanha que lhe trouxeram a simpatia do empresariado brasileiro: reforma da previdência, redução da carga tributária, redução de barreiras reguladoras, redução do Estado, etc...