CELESTE DE BRITO E A “BURLA À TAILANDESA” II
Em Angola a lei existe no papel e pouco mais. O tempo passou e o Natrabank, impávida e serenamente, continuou a exercer as suas actividades de índole bancária, aparentemente sem a mais pequena interferência das autoridades angolanas de direito. Passados um pouco mais de 6 meses, no dia 30 de Novembro de 2017, o mundo ficou a saber por intermédio de um comunicado da agência Lusa, que «Os investidores angolanos e estrangeiros vão poder aceder a um fundo de 50 mil milhões de dólares (42,6 mil milhões de euros), da Centennial Energy Thailand, um grupo internacional de investimento e desenvolvimento de projectos comerciais e humanitários».por trás deste anúncio perfilavam-se as silhuetas de Celeste de Brito e do Natrabank sua instituição , quiçá “Pirata”, mas que nada tinha de “Fantasma”. Numa das edições do final do ano passado do jornal Opaís, o jornalista Paulo Sérgio revelou em primeira mão que «o então director da extinta Unidade Técnica de Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, teria tomado conhecimento no dia 9 de Janeiro de 2018 de que havia pontos sem nó na linha de financiamento de 50 mil milhões de dólares que estava em curso numa parceria com a Centennial Energy, numa palavra, era uma burla. Esse dinheiro, “sob custódia dessa empresa estrangeira liderada por tailandeses, que já estavam em Luanda desde Novembro de 2017 para concluir o negócio, não existia”, e o embuste foi denunciado durante uma reunião solicitada pela empresária Celeste Marcelino de Brito António, que se apresentou como sócia da empresa “Celeste de Brito, Lda” e, de facto, convidara os tailandeses a investir em Angola. Segundo mesma fonte, a Senhora De Brito vai mais longe, esclarecendo que se aperceberam disso ao constatar que os expatriados haviam falsificado o Swift Bancário (códigos usados nas transações financeiras entre bancos, sobretudo nas transferências internacionais), para justificar a existência do suposto lote de 50 mil milhões de dólares, a caminho do nosso país. “As irregularidades, a que nos referimos, têm sido acobertadas por instâncias superiores do Estado Angolano”, lançou De Brito, metendo a boca no trombone! Foi presa sem apelo nem agravo, para gáudio dos Tailandeses, que dizem ter documentos comprovativos de que o cheque dito falso não é de pau e que os 50 biliões existem. É só pegar neles.