EX-GOVERNADOR TYIPINGE CHAMADO À “BERLINDA”
Numa semana antepassada – em finais do mês passado, princípio do mês em curso - circulou na Huíla uma nota oficial a solicitar aos membros do Governo, sobretudo os que estão ligados à Educação e a começar pelo ex-governador João Marcelino Tyipinge , que não voltassem a abordar na imprensa o caso dos livros que “nasceram” num armazém duma fazenda, em Caconda. Supostamente, dando a nota a entender que o assunto está esclarecido. Mas não, não está. Há questões que carecem de resposta pública, aqueles livros, nós, os contribuintes, pagámo-los. Quem enviou seis toneladas de livros escolares para uma fazenda? Por que ficaram lá esquecidos por seis anos? A quantidade de livros que lá está agora é a mesma que chegou em dois mil e doze? Por que razão a actual directora da educação não sabia dos livros? Quantas mais toneladas de livros a Huíla recebeu nestes seis anos? Os órgãos centrais, em Luanda, do Ministério da Educação, sabiam do depósito? O “Bizneasdepois do escândalo com os dinheiros dos professores, com contas mal feitas e com o remanescente a ser usado para uma compra fantasma de laboratórios, e com a entrada de entes privados na operação de pagamento dos atrasados aos professores, este episódio dos livros escolares numa fazenda e que, segundo a nota, pertencem também a uma sobra, há muito por esclarecer. E não me espantaria de daqui a pouco vivêssemos num emaranhado de novidades cabeludas. Ao contrário do que pensa alguém no Governo provincial, o mistério é ainda denso e há muitas respostas a dar. No sentido habitual de ter havido roubo bilionário dos cofres doo Estado.