DA “SEXTA” BÁSICA DO POVO À “ECTROTÉNICA” DA… UAN
Aministra da Educação timorense diz que espera concluir ainda este mês a compra das viagens dos professores portugueses envolvidos no projecto das escolas de referência em Timor-leste, que esperam há várias semanas poder viajar para Díli. Em Angola preferimos professores cubanos que nos ensinam a falar da “sexta básica” e não da “cesta básica”, de “marimbondo na cumeia” e não na colmeia… Mas se é isso que o regime do MPLA, há 43 anos no Poder, quer…assim seja. Aliás, basta ver o site da Universidade Agostinho Neto e na secção sobre a História da Instituição encontrar pérolas do tipo: “Repúbica”, “Silvicltura”, “Ectroténica”, “edífico”, “Ogânicas”, “orgãos”, “Senando”. Voltemos a Timor-leste. “Estamos no processo de aprovisionamento das viagens dos professores. Esperamos que no decurso do mês de Fevereiro os professores possam deslocar-se para Timor-Leste”, disse à Lusa Dulce Soares, ministra da Educação, Juventude e Desporto timorense. “Apesar da situação em Timor-leste, estamos a esforçar-nos para resolver a situação para que possam vir o mais cedo possível. Estamos a cooperar muito com a embaixada portuguesa neste assunto”, referiu. Fonte da cooperação portuguesa confirmou que, depois de vários anos consecutivos de atrasos da parte de Portugal, na preparação e assinatura dos contratos dos professores, o calendário este ano foi cumprido. Apesar do ano lectivo nos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), ter começado em meados de Janeiro, não estão ainda no país nenhum dos cerca de 130 professores portugueses que estão destacados nessas 13 escolas de Timor-leste. As escolas, que contam com cerca de 7.000 alunos, seguem o currículo nacional e usam o português como língua de instrução em todos os níveis de escolaridade. O projecto nasceu para “proporcionar uma educação pública de qualidade, com uso da língua portuguesa para o ensino de todas as disciplinas”, para dar “formação em língua portuguesa aos universitários recém-graduados e aos novos professores” e formar e reforçar as capacidades de professores e administrados das escolas públicas locais. O projecto integra cerca de 130 professores portugueses e cerca de 110 professores e 62 professores estagiários timorenses. Por cá, a aposta continua a ser nos professores cubanos ou em angolanos formados por cubanos. Em Outubro passado ficou a saber-se que Angola vai contratar expatriados cubanos para instituições
de ensino superior públicas, de forma a “suprir a falta de especialistas com conhecimento e experiência necessária”, indica um despacho presidencial. Boa! Quem melhor do que professores cubanos para diplomar quem tem de se descalçar para contar até 12? Segundo o documento, de 25 de Setembro, a contratação era justificada “em virtude da urgência em garantir o seu normal funcionamento” no “decurso do ano académico 2018”, que terminou em Dezembro. O despacho assinado pelo Presidente da República, João Lourenço, autorizava o lançamento do procedimento de contratação simplificada para a assinatura “de dois contratos de aquisição de serviço docente de especialistas de nacionalidade cubana”, para ministrarem aulas em universidades públicas. Antes foi noticiado que Angola previa gastar quase 55 milhões de euros com a contratação de professores cubanos para leccionarem no ensino superior público do país no ano académico de 2017. A informação resulta de dois despachos de então, do Ministério do Ensino Superior angolano, homologando contratos com a empresa Antex, que assegura o recrutamento de especialistas cubanos para leccionarem nas universidades do país, ao abrigo do acordo de cooperação entre os dois governos na área de formação de quadros. De acordo com o primeiro destes despachos, a Antex foi contratada para recrutar professores do ensino superior, por 37,2 milhões de dólares (31,5 milhões de euros), e especificamente, com o segundo, para docentes para os cursos afectos à área da Saúde, neste caso por 27,4 milhões de dólares (23,2 milhões de euros). Trata-se de praticamente a mesma verba que o Estado angolano desembolsou, para o mesmo efeito, no ano académico de 2016. A Antex – Antillas Exportadora é a empresa cubana que assegura o recrutamento e pagamento de médicos, professores e engenheiros de construção civil que trabalham em Angola.