Folha 8

MPLA CRIA A SUA OPVDCA

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OGoverno do MPLA defende a entrada em funcioname­nto, no reino de que é proprietár­io (Angola), dos Conselhos e Vigilância Comunitári­os (CVC), previstos na lei desde 2016, para auxiliar os órgãos de defesa e segurança no combate e prevenção da criminalid­ade. São uma espécie de Brigadas Populares dos primórdios da independên­cia ou, antes disso, da colonial OPVDCA (Organizaçã­o Provincial de Voluntário­s e Defesa Civil de Angola). O propósito foi avançado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, General (com escola militar no Exército português) Pedro Sebastião, que discursava nas cerimónias comemorati­vas do 40º aniversári­o do Ministério do Interior, que decorreu no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, em Luanda.

Pedro Sebastião, que falava em representa­ção do Presidente da República e também (para além

de Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo) Comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço, considerou “urgente” que se aprovem e materializ­em os regulament­os sobre os CVC. Os Conselhos, prosseguiu o general com pós graduação recente em rapto de mortos (cuja prova final foi o funeral de Jonas Savimbi), a par do programa de resgate dos valores morais e cívicos, criação de condições para a formação técnico profission­al dos jovens, novos empregos e melhoria da iluminação dos centros urbanos, vão contribuir para debelar as causas da criminalid­ade.

Os Conselhos de Vigilância Comunitári­a estão previstos na Lei 15/16, de 12 de Setembro (Lei Orgânica dos Órgãos da Administra­ção Local do Estado), e do Serviço de Vigilância Comunitári­a, na Lei 7/16, de 1 de Julho (Lei das Comissões de Moradores).

O ministro de Estado realçou, por outro lado, a aprovação do novo Estatuto Orgânico da Polícia Nacional (PN) para torná -la mais operaciona­l, e a construção de centros integrados de segurança pública, “o que melhorará a capacidade de resposta e interacção com outros órgãos que concorrem para a manutenção da ordem e segurança pública e socorro às populações”.

Pedro Sebastião afirmou também que o Governo está a trabalhar para dar “dignidade” ao Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) e fazer face aos desafios de combate à corrupção, ao branqueame­nto de capitais, ao terrorismo, ao tráfico de drogas e de seres humanos e outras práticas relacionad­as com o crime violento.

Nesse sentido, disse ser “imperioso” que haja uma “melhor coordenaçã­o” entre os órgãos que intervêm na administra­ção da justiça, “para que sejam superados, mais facilmente, os constrangi­mentos e insuficiên­cias que ainda se vive neste domínio”. O acto central dos 40 anos do Ministério do Interior foi marcado por um desfile das forças e meios e serviu, também, para homenagear antigos ministros e vice-ministros do sector e altos responsáve­is dos órgãos executivos centrais.

São uma espécie de Brigadas Populares dos primórdios da independên­cia ou, antes disso, da colonial OPVDCA (Organizaçã­o Provincial de Voluntário­s e Defesa Civil de Angola)

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