ANGOLA É CADA VEZ MAIS DELES
Oministro da Defesa de Angola, Salviano Sequeira, pediu à China apoio financeiro para a execução de vários projectos ligados ao sector, que têm sido afectados devido às dificuldades económicas que o país atravessa. Que chatice! Mais fiado a troco de petróleo, mais kumbu a troco de hipotecar (ainda mais) o país.
Salviano Sequeira, que considerou “saudáveis” as relações de cooperação entre os dois países, discursava em Luanda, na abertura da reunião do Comité Conjunto de Cooperação, da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa Nacional Angola/china.
Para o efeito, chegou a Luanda, no dia 13.06, uma delegação
chinesa de mais de uma dezena de integrantes, chefiada pelo vice-presidente da Comissão Central de Defesa da República Popular da China, coronel general Xu Qiliang. Segundo o ministro angolano, neste comité têm sido identificados vários projectos, mas, devido à situação económica que Angola atravessa, o número tem-se reduzido, face às dificuldades de inserção destes nas linhas de crédito da China ou por falta de financiamento. O governante angolano solicitou a intervenção do responsável chinês junto das instituições do seu Governo para se “obter resultados que permitam materializar os projectos de cooperação identificados e com intenção de serem implementados com as empresas chinesas”.
“Também continua sendo preocupação, além do apetrechamento das Forças Armadas Angolanas, a formação de quadros. Por esse facto, agradecemos a disponibilidade da República Popular da China em receber os nossos efectivos nas suas academias, institutos ou escolas militares para a elevação dos níveis de conhecimento científicos e técnicos”, disse o ministro.
No âmbito do Comité Conjunto de Cooperação, da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa Nacional Angola/ China têm sido abordados vários assuntos, disse Salviano Sequeira, manifestando a sua disponibilidade em continuar a desenvolver esforços para se chegar a um entendimento que satisfaça ambos os países. Os Ministérios da Defesa de Angola e da China pretendem consolidar as bases para a implementação de projectos prioritários para o fornecimento e manutenção de produtos da indústria militar e assistência técnica, a formação de especialistas e a construção de infra-estruturas para as Forças Armadas Angolanas. Salviano Sequeira considerou as relações de cooperação entre os dois países “saudáveis”, cada vez mais sustentadas pela Parceria Estratégica Sino-angolana, proporcionando uma perspectiva “muito promissora à cooperação bilateral em diversas áreas”, onde se inclui a Defesa.
O ministro da Defesa angolano frisou que o sector da Defesa nacional está num processo de reestruturação e redimensionamento, com o propósito de se adequar a estrutura e funcionamento ao contexto regional, continental e internacional, bem como à actual realidade económica e financeira do país. Por sua vez, o governante chinês disse que a sua visita a Angola visa essencialmente implementar o consenso alcançado entre os chefes de Estado de Angola e da China, consolidar a amizade tradicional sino-angolana e trocar opiniões sobre a intensificação do intercâmbio militar, bem como aprofundar a cooperação pragmática. De acordo com Xu Qiliang, durante a sua estada em Angola vai reforçar “ainda mais” a confiança política mútua estratégica, elevar o nível das funções militares e desenvolver a parceria estratégica China/angola.
Com uma vasta agenda de trabalho, que inclui visitas à Base Naval de Luanda, Museu de História Militar e Escola Superior de Guerra, o vice-presidente da Comissão Militar Central da República Popular da China tem o regresso marcado para quarta-feira.