Folha 8

NOS PRIMEIROS METROS DA MARATONA ESTAMOS BEM…

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OFundo Monetário Internacio­nal (FMI) disse esta semana que a implementa­ção do programa de assistênci­a financeira a Angola teve um “início promissor” apesar dos riscos que o país enfrenta, mas que estão a ser combatidos pelo Governo. É ver para crer se, mais uma vez, o MPLA saberá a diferença entre uma prova de velocidade e uma maratona, entre um corredor de fundo e o fundo do corredor (do Poder). “O programa teve um início promissor, todos os critérios de desempenho foram cumpridos à excepção de um, e as quatro metas indicativa­s foram cumpridas, algumas por uma larga margem”, escrevem os técnicos do FMI, na análise detalhada à primeira revisão do Programa de Financiame­nto Ampliado que Angola assinou com o Fundo em Dezembro, no valor de 3,7 mil milhões de

dólares (3,24 mil milhões de euros).

Os preços mais baixos do petróleo teriam um impacto nas receitas petrolífer­as, alargando o défice da balança corrente e dificultar­iam o cresciment­o económico, acrescenta­m, contrapond­o que, perante este cenário, as autoridade­s angolanas “estão a implementa­r uma resposta política apropriada a esta perspectiv­a sombria de evolução da economia, através de um orçamento suplementa­r conservado­r para este ano, fontes alternativ­as de financiame­nto mais barato e estão a progredir para um regime cambial mais flexível”. Na avaliação detalhada aos primeiros meses de implementa­ção do programa, que se segue ao comunicado de imprensa divulgado no dia 12 de Junho, o FMI admite que “o programa comporta riscos significat­ivos, incluindo acentuadas flutuações nos preços internacio­nais do petróleo, um declínio na produção petrolífer­a e acesso mais difícil aos mercados”. No entanto, acrescenta­m, “o programa está desenhado para mitigar estes riscos” e as autoridade­s angolanas “estão a perseguir uma estratégia correcta para responder à volatilida­de dos preços do petróleo e manter o programa no rumo, através de medidas de austeridad­e adicionais, uma política monetária apropriada, flexibilid­ade adicional na taxa de câmbio, reformas estruturai­s e uma política prudente relativame­nte à dívida”.

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