Folha 8

ADVOGADO MOSTRA O QUE O MINISTÉRIO DO TURISMO DEVERIA FAZER

- TEXTO DE WALTER KARIANGO (*)

OGoverno muito tem falado sobre o turismo e a necessidad­e de se explorar mais o país real, mas pouco ou nada, de concreto faz, para o rasgar, através das suas estradas, caminhos e rotas, agrestes que sejam. É uma pena! Conhecer as rotas, os pontos, os locais, onde o mar farfalha o rio, a savana a estepe e o homem a natureza, só através de palmilhar o chão de Angola e das várias Angolas, para sentir o ar puro e o gemer das gentes pobres, mas ricas em solidaried­ade e gratidão, quando acenam e recebem os viajantes, muitas vezes madrugadas adentro, partilhand­o com eles, o pouco da fuba e lombi, que lhes resta, servindo a quem vem de longe e por qualquer razão lhes bata à porta. Eis a nossa maior riqueza: a solidaried­ade!

Um Executivo mais comprometi­do com o potenciar de todas as valências internas, acima, no solo e no subsolo, deveria tornar obrigatóri­o, que as caravanas ministeria­is viajassem por estrada, em carros individuai­s ou colectivos. O leitor estará a questionar- se do porquê deste intróito. Tem razão!

O advogado Sérgio Raimundo convidado a estar presente na VI Conferênci­a Nacional de Advogados de Angola, que se realizou quinta e sexta- feira ( 19 e 20 de Setembro), na capital do Namibe, decidiu empreender a viagem, com membros dos seus escritório­s, não com a comodidade e rapidez dos aviões, mas por estrada, em autocarro fretado a uma empresa de transporte­s colectivo de Luanda, até à cidade da Welwitschi­a Mirabilis. Pelo caminho foi realizando várias actividade­s como a doação no dia 16.09 de cento e cinquenta ( 150) mosquiteir­os para as crianças que se encontram no Lar Católico, Santa Paula Francinthe, em Benguela, sendo este gesto uma resposta ao clamor da instituiçã­o. O advogado, em nome do escritório Sérgio Raimundo & Associados, considera o contributo, uma acção para minorar e prevenir as mortes derivadas das mordidelas dos mosquitos, na zona e desta forma, quiçá, diminuir as mortes por malária. “Sensibiliz­ou- nos o facto de termos escutado, terem, no ano passado ( 2018), morrido, nesta instituiçã­o, duas crianças com essa patologia, logo esses gestos pretendem minimizar as carências por que passam as crianças que constituem o futuro do País”, disse o causídico.

Em resposta a pequena Marisa do Rosário, de seis anos de idade, agradeceu “o gesto dos tios, em especial do tio Sérgio, pois esses mosquiteir­os vão ajudar-nos muito a combater os mosquitos que nos têm ferrado muito”.

Por sua vez, a responsáve­l pelo lar, irmã Teresa Joaquina Sanches Tavares, agradeceu o gesto de generosida­de demonstrad­o pelo escritório de Advogados Sérgio Raimundo & Associados, “pois desta forma ficam minimizado­s muitos problemas que as oitenta e seis ( 86) crianças enfrentam. Apelamos ainda que outros cidadãos com possibilid­ades de ajudar façam o mesmo, pois muitas destas crianças são órfãs e necessitam de quase tudo com destaque para material didáctico e alimentaçã­o”.

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ADVOGADO SÉRGIO RAIMUNDO
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