BIENAL DE LUANDA UMA CULTURA DE PAZ
Luanda é desde o dia 18 de Setembro a capital da Bienal - Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz, que decorre até 22 de Setembro em alguns locais emblemáticos e históricos da cidade, como Museu de História Militar, Baía de Luanda, Memorial Agostinho Neto e Centro de Convenções de Talatona. A conferência magistral coube ao Nobel da Paz, 2018, o médico congolês Denis Mukwege.
ABienal de Luanda é uma plataforma que visa desenvolver e consolidar uma cultura de Paz e não-violência, desencadeando um movimento Pan-africano que promova a diversidade cultural e a unidade africana. Dezasseis países africanos e outros da Europa e América do Sul foram convidados para participar no evento, entre os quais Egipto, Marrocos, Etiópia, Quénia, Ruanda, Mali, Nigéria, Cabo Verde, República do Congo, RDC, Namíbia, África do Sul, Brasil e Itália. O evento traduz-se ainda numa oportunidade para se mostrar ao mundo a imagem de uma Angola nova e suas potencialidades. Trata-se de um certame que assenta em dois eixos: a cultura de paz e a aproximação dos povos pela cultura, tendo ainda como foco a juventude, as mulheres e as crianças. A bienal visa, entre outros aspectos, a criação de um movimento africano que possa disseminar a importância da cultura de paz, tendo em conta o desenvolvimento e afirmação dos países africanos em vários domínios, particularmente na defesa dos direitos humanos e das minorias, assim como o combate à corrupção. A realização em Angola dessa actividade prova a vontade política do governo em estabelecer uma cooperação cada vez mais estreita com a Unesco com vista a promoção de uma verdadeira cultura de paz em África e representa o reconhecimento do exemplo de Angola no fortalecimento da Paz e da reconciliação nacional. A Aliança de Parceiros para uma Cultura de Paz em África faz parte da implementação da Agenda 2030, através da realização dos seus 17 objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além de manifestações artísticas e culturais dos seus respectivos países, a Bienal reunirá, na capital angolana, representantes governamentais, membros da sociedade civil, do sector privado, da comunidade artística e científica, instituições e organizações internacionais.
Sob o lema “Construir e preservar a paz: um movimento de vários actores” a Bienal engaja o Estado Angolano, a UNESCO e a União Africana numa parceria que responde à Decisão n.º 558/18 de 2015, dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana que, alinhado com a estratégia operacional da UNESCO, designada como “Prioridade África”, visa a implementação de um plano de acção a favor de uma cultura de paz no continente africano. No seu modelo conceitual, a Bienal de Luanda visa desenvolver um Movimento Pan-africano para uma Cultura de Paz e Não-violência, através do estabelecimento de parcerias envolvendo, entre outros, governos, sociedade civil, comunidade artística e científica, sector privado e organizações internacionais