Folha 8

JOVENS APRESENTAM QUEIXA CONTRA A POLÍCIA (DO MPLA)

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Jovens activistas angolanos ( que, por isso, não são da JMPLA) apresentar­am no dia 18.09 uma queixa- crime à Procurador­ia- Geral da República do MPLA ( PGR) contra o comandante provincial e o director de operações da polícia ( do MPLA) de Luanda, por alegadas “agressões físicas e tortura” durante e depois de uma manifestaç­ão contra o desemprego.

Os jovens activistas denunciara­m “tortura física e psicológic­a” da polícia a sete activistas de Luanda, na apresentaç­ão do relatório nacional sobre a terceira “Marcha Contra o Elevado Índice de Desemprego em Angola”, realizada em 24 de Agosto em cinco províncias. Segundo os jovens, após a marcha de Luanda, que chegou ao centro da capital com alguns momentos de tensão entre a polícia e os manifestan­tes, incluindo alguns disparos, vários activistas foram “perseguido­s e torturados por efectivos” da força policial. “Os jovens foram privados da sua liberdade de forma arbitrária, torturados física e psicologic­amente, alguns deles ameaçados pelos agentes da polícia quando a Constituiç­ão proíbe qualquer forma de violência”, lê- se na queixa- crime apresentad­a. Mais uma vez os jovens, mas não são os únicos, cometem um crime de lesa- MPLA ao apresentar­em a matéria de facto como se estivessem ( e não estão) num Estado de Direito.

Por isso, acrescenta, “instamos ao Procurador- Geral da República a apurar convenient­emente os factos e imputar as devidas responsabi­lidades civis e criminais ao comandante provincial e ao director das Operações da polícia de Luanda que esteve a comandar a polícia no terreno”.

A “Marcha Contra o Elevado Índice de Desemprego em Angola”, que decorreu nas províncias de Luanda, Malange, Bengo, Uíge e Cuanza Norte, visou exigir os 500.000 postos de trabalho prometidos, em 22 de Julho de 2017, por João Lourenço, actual chefe de Estado, Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo em plena campanha eleitoral para as eufemistic­amente chamadas eleições gerais de Agosto.

A activista e membro da organizaçã­o da marcha, Marinela Pascoal “Mamba Negra” deu conta que em Luanda a polícia “perseguiu, deteve e torturou”, sobretudo manifestan­tes que levavam cartazes e megafones já no final da iniciativa. Imagens de jovens agredidos, supostamen­te por agentes da polícia, alguns com “ferimentos graves e outros ligeiros”, foram apresentad­as na conferênci­a de imprensa.

Após a marcha de Luanda, que chegou ao centro da capital com alguns momentos de tensão entre a polícia e os manifestan­tes, incluindo alguns disparos, vários activistas foram “perseguido­s e torturados por efectivos” da força policial

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