DIRIGENTES DO MPLA NÃO PODEM AGIR COMO GADO
Omundo não é estático, os homens também não, pesem os temores que possam ter, em função da força bélica de quem, a dado momento, detém a totalidade do poder político.
A guerra estalou e, desta vez, de forma irreversível, entre o Presidente da República, João Lourenço, com a sua hercúlea coragem, reconheça- se, e o clã Dos Santos pese este ser, ainda, decorativamente, presidente emérito do MPLA, com o arresto, seguido do dossier volumoso de denúncias do Luanda Leaks.
Pelo atrelado de denúncias e responsabilização contra a filha primogénita de Eduardo dos Santos, mesmo considerando a falta de confirmação e cruzamento de dados para aferimento da veracidade documental, não deixa de ser grave e preocupante, logo bem poderia chamar- se Isabel Leaks. Angola pela positiva e negativa está na boca do mundo. Por um lado, Isabel dos Santos é considerada a maior ladra, com ajuda do pai. Por outro, o MPLA é um partido do mal, dirigido como uma organização criminosa, cujos líderes e dirigentes se apossam, ilicitamente do património público. Não bastasse tudo isso, o palco que elegem, quer para esconder o dinheiro locupletado ao país ( bancos estrangeiros), como para as ofensas entre si é, para tristeza colectiva, o estrangeiro.
Quem se diverte à brava são os europeus ocidentais e americanos, que ridicularizam os actores destes papéis como seres menores e complexados. Basta ler e ouvir os relatos diários da comunicação social ocidental. Uma tristeza. Podiam os angolanos, em sinal de maturidade, resolver a contenda no interior das suas fronteiras, mas nessa incapacidade, levantaram o véu de terem sido governantes e responsáveis angolanos a facilitar, financiar e entregar dossiers, informação classificada, etc., a órgãos estrangeiros, vinte ( 20) dias depois de ter sido publicado um “Despachosentença”, cujos efeitos foram diminutos. Coincidência? Em política, não as há...
Isabel dos Santos saiu mal na fita, viu a imagem de empresária bem sucedida ser chamuscada internacionalmente, mas, o regime, também sai coberto de lama, nesta guerra em que o vencedor pouco irá conquistar. Terá, na verdade uma vitória de Pirro.
Se vencedores, neste momento, existem e são eles: China, Rússia, EUA, Portugal, FMI, definitivamente, com mais esta contenda viram reforçado o seu papel de influenciar e manietar os políticos angolanos, quer os do poder, como os da oposição.
A maioria dos governantes e a imprensa portuguesa banaliza e ridiculariza a classe política angolana, que orgulhosamente, mantém o espírito de neocolonizado fiel, complexado e bom assimilado, que nada faz sem ir beber à antiga metrópole, quer guardando os biliões roubados, como comprando imóveis e empresas, facilmente, escancaradas, no primeiro revés.
Mais grave ainda, Portugal, principalmente, através dos corredores da Maçonaria, explora bem e de forma eficaz, a inveja congénita de certa elite angolana, como forma de a dividir para melhor reinar, impedindo desta forma um possível crescimento, académico, profissional ou empresarial com destaque, de angolanos, na sociedade lusa. Dúvidas, para quê, quando os epítetos, Marimbondos, combate à corrupção do clã Dos Santos, mandado de captura internacional, etc., têm paternidade lisboeta.
Assim, na lógica da guerra actual, os que tinham tudo, serão despojados de tudo, não podendo ter a ousadia de qualquer poder, seja ele económico ou político, capaz de ameaçar as novas autoridades, ainda que através de meios lícitos e democráticos.
'Quem se diverte a brava, são os europeus ocidentais e americanos, que ridicularizam os actores destes papéis como seres menores e complexados. Basta ler e ouvir os relatos diários da comunicação social ocidental. Uma tristeza.