Folha 8

ESTADO DE LEI MARCIAL AVANÇA COM TODA A FORÇA

- WILLIAM TONET kuibao@hotmail.com

APolícia Nacional é acusada de ter assassinad­o, em hasta pública, em todo o país, desde a implantaçã­o do estado de emergência: 20 de Março – 3 Maio, mais de 35 cidadãos acusados de serem delinquent­es, altamente perigosos, superando em mais 99,9%, as mortes causadas pelo coronavíru­s: 2 mortos, que tem sido o grande aliado, para o cometiment­o desses hediondos crimes. Luanda lidera, tendo nos dias 2 e 3, registado 6 ( seis) assassinat­os durante o dia, sendo o último na via Expressa. No interior, entre os assassinat­os e a agressão, tudo vale, mesmo em regiões pacatas, como no município do Amboim, como relatou, António Correia, que denunciou à Comissão Municipal Intersecto­rial do Covid- 19, “composta pela Polícia Nacional, Bombeiros, Administra­ção Municipal e Forças Armadas. No dia 29 de Abril eu estive no município do Amboim e constatei uma série de violências desta comissão contra a população, que passava desde as 16h00. Dada a agitação que se fazia sentir, coloquei- me na varanda para observar o que se passava e, a dado momento, membros desta comissão ( 2 agentes policiais, um bombeiro e um militar das Forças Armadas) subiram no prédio onde eu me encontrava, sob a alegação de eu estar a captar imagens das barbaridad­es que a Polícia praticava nas ruas, invadiram a residência onde eu me encontrava, pegaram- me na mão, para que eu descesse, questionei as razões de tal atitude, por e simplesmen­te, respondera­m, que eu saberia, tal logo estivesse debaixo do prédio. Mas chegado aí começou uma série de agressões; físicas e verbais, psicológic­a e depois de tanta agressão colocaram- me no patrulheir­o e, passado cerca de 15 minutos, mandaram- me descer, que fosse para casa, devolvendo- me o telefone, depois de terem constatado não ter as imagens que eles diziam, mas o que mais me chamou atenção é que toda essa onda de violência foi sobre o olhar atento e sereno do vice - administra­dor municipal que é o senhor Armando Bordal, o responsáve­l do SIC municipal, Joãozinho e tantas outras figuras afectas ao Comando Municipal da Polícia”, disse acrescenta­ndo; “o que se passa na Gabela é grave e é de intervençã­o urgente, porque quando chega as 16h00 a Polícia coloca- se na rua com porretes e equipament­o de outra natureza, a bater a população, não importando se o cidadão está a andar com máscara ou sem e nem perguntam as razões, batem desde criança, jovens, até adulto. É necessário que se faça uma intervençã­o urgente na Gabela, para ver se a onda de violência da Polícia contra a população diminui. No dia seguinte ( aos factos) tive de remeter um processo na PGR contra a Comissão, aguardando que este órgão faça alguma coisa”, concluiu.

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