NEM OS CAIXOTES DE LIXO VÃO ESCAPAR À VIGILÂNCIA
Acapital angolana tem desde o dia 06.05 um Centro Electrónico de Segurança Pública ( CESP), com um sistema de videovigilância de mais de 200 câmaras, para reforçar a segurança pública, que foi inaugurado pelo ministro do Interior. Os angolanos que, ilegalmente, se abastecem nos caixotes de lixo que tenham cuidado…
A primeira fase da infra- estrutura, que dispõe de 89,4 quilómetros de fibra óptica e 244 câmaras, sendo 194 instaladas em 50 pontos de Luanda, localizada no município do Kilamba Kiaxi, foi inaugurada por Eugénio
Laborinho, desconhecendose que a cerimónia foi adoçada com rebuçados e chocolates. Disseminar de “forma ininterrupta” as ocorrências policiais em coordenação com as patrulhas, monitorização e movimento de pessoas em espaços públicos, bem como rastreamento de veículos na via são os principais objectivos do CESP. Entre vários compartimentos, a plataforma electrónica, que vai trabalhar em coordenação com o Centro Integrado de Segurança Pública, dispõe também de uma sala de atendimento de emergência com 36 posições, salas técnicas operacionais, sala de denúncias anónimas e salas de formação.
Segundo Eugénio Laborinho, o CESP, financiado pelo banco Eximbank sulcoreano, é uma ferramenta electrónica de suporte à actividade operacional que visa melhorar o controlo da segurança pública em Luanda.
“Numa altura em que se tem implementado o policiamento de proximidade, o objectivo primário deste centro consiste no atendimento e disseminação permanente de ocorrências policiais em coordenação com as forças no terreno”, afirmou o ministro, após a inauguração do espaço.
Tendo em atenção a “escassez de efectivos que ainda persiste para pôr cobro à actividade operacional”, observou o governante angolano, o CESP, que terá a gestão directa do comando provincial da polícia, “reforçará a gestão da segurança pública nas zonas periféricas de Luanda”.
Uma vez que, notou, “o sistema de videovigilância instalado vai inibir e noutros casos identificar e localizar infractores”.
Por seu lado, o comandante geral da Polícia, Paulo de Almeida, disse na ocasião que o Centro Integrado de Segurança Pública permitirá ao comando da Polícia de Luanda “reduzir o seu tempo de resposta e esclarecimento dos casos ou ocorrências registadas”.
“Com este serviço estamos mais bem servidos com informações que podem darnos maior dinâmica e operatividade na actuação da polícia em Luanda”, assegurou.
Já o embaixador da Coreia do Sul em Luanda, Changsik Kim, considerou que o CESP tem um enorme significado, sobretudo no apoio para “maior segurança dos cidadãos” por possuir meios tecnológicos avançados. De acordo com as autoridades angolanas, a segunda fase da infra- estrutura está dependente da assinatura de um acordo entre o Ministério das Finanças de Angola e o Eximbank da Coreia do Sul. O projecto para a construção do CESP teve início em 2015. Estruturas similares deverão ser construídas igualmente nas províncias angolanas do Huambo e Huíla.