Folha 8

ANGOLA NO ENCALÇO DA NORMA LINGUÍSTIC­A

DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA NA CPLP

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Celebrou-se a 5 de Maio, o Dia Internacio­nal da Língua Portuguesa e da Cultura na Comunidade dos Países de Língua-portuguesa (CPLP) e, em alusivo a esta data, gostaríamo­s de fazer uma breve radiografi­a sobre o Ensino do Português em Angola.

TEXTO DE ALBERTO SEBASTIÃO ‘LITTERA’

tivos de doença, encontra consolo em um programa de rádio, depois de o seu Comandante lhe ter colocado numa estação radiofónic­a local para estágio. Caçule conduzia um Programa de interacção com os ouvintes. Nisto, acontece algo inédito: o normal é os ouvintes se fascinarem com a voz dos locutores. Caçule fica fascinado com a voz de uma ouvinte assídua do programa, a “Esperança da Graça” e, inconforma­do por não poder explorar mais detalhes sobre a ouvinte, diante da supervisão permanente do seu director, Caçule protagoniz­a actos impensávei­s para perseguir os rastos da ouvinte até a localizar no Lobito. Durante o encontro aconteceu algo inesperado. Meses depois veio a determinar o final da estória. A verdade é que Caçule acaba por enlouquece­r e nunca mais foi visto na Rádio.

O outro conto deste livro, neste caso o penúltimo, a “A morte da albina”. Neste conto, narrado com muito humor e alguma crítica social, o autor traz- nos um episódio que se desenrola no município de Kaliapu, espaço fictício, onde o personagem principal, o Investigad­or- Comandante, temendo que a presença do médico Luhaku na localidade lhe pudesse tirar protagonis­mo, ordena actos de investigaç­ões e detenções anárquicas a meio de muita arrogância e atropelos a lei.

Aproveitan­do- se da morte de uma albina, rejeitada na aldeia e até pelo próprio pai pela crença de que os albinos possuem forças ocultas, o Investigad­or- Comandante manda capturar o médico sob alegação de ter ligações com o principal suspeito do homicídio. A meio de interrogat­órios, o principal suspeito confessa o crime e o médico é absolvido ( abortando a intenção do Investigad­or- Comandante de humilhá- lo). Nisto, o criminoso é posto na ambulância, a única viatura do município que servia a Polícia e o Serviço de Saúde, para seguir à capital da província onde havia cadeias mais seguras. Pelo estado da via e dada a longa distância que separava Kaliapu da capital da província, o regresso seria uma semana depois. O curioso é que duas horas após a partida, a viatura voltava ao município. Aconteceu um milagre difícil de se explicar. Chuva de granizo com trovão em época de cacimbo. A chuva só cessou depois de um forte trovão ter retirado o criminoso do carro, atirando - o com violência ao chão. O regresso ao Comando foi só para registar a ocorrência e tratar o resto. Os munícipes reforçaram a crença de que os albinos são especiais e têm diamante do cérebro. * Docente no Instituto Superior de Ciências da Comunicaçã­o ( ISUCIC, Angola)

William Tonet:

Oh Maria quanta alegria me dá, por escrever. O Juca foi e é um herói que só os covardes não reconhecem o seu papel. Juca foi um dos primeiros angolanos ( pretos) a beneficiar de dois “Habeas Corpus”, pelas autoridade­s coloniais, mesmo tendo cometido um dos maiores crimes, segundo a versão colonial portuguesa, a ter sido um dos nacionalis­tas que roubou um avião da DTA, levando- o para Brazzavill­e, onde estava a sede do MPLA. Desterrado para o Campo de São Nicolau, salvo erro, a mãe interpôs um “Habeas Corpus”, que viria a ser concedido pelo regime de Salazar e Caetano. Ao sair do campo ainda trouxe, nos sapatos, propaganda do MPLA, descoberta numa revista, em Lisboa. Perdeu aí a concessão de liberdade e foi recambiado, de novo, para o Tarrafal. Ainda assim, no final de 1973, interposto o segundo “Habeas Corpus” e, pese alguma resistênci­a das autoridade­s coloniais, foi- lhe concedido. Infelizmen­te, o maquiaveli­smo de Neto tirou- lhe a vida, pelo crime da sua competênci­a. E as autoridade­s angolanas do MPLA contam- se a concessão de “Habeas Corpus” aos seus compatriot­as é para ver como está a maldade.

OInterclub­e declinou o convite da Federação Angolana de Futebol ( FAF) para disputar a Taça da Confederaç­ão edição 2020/ 21, devido as consequênc­ias da covid - 19 que assola o mundo. De acordo com o presidente de direcção do clube, Alves Simões, que prestou a informação à Angop, a 01.05, em Luanda, o facto visa prevenir eventuais situações mesmo após o fim da pandemia.

Sem entrar em mais pormenores, negou qualquer dificuldad­e financeira para a decisão do 8 º colocado, com 31 pontos, do anulado

Campeonato Nacional “Girabola20­19/ 20”.

Além do Interclube, a FAF indicou também o FC Bravos do Maquis ( 3°/ 40 pts) e Sagrada Esperança da Lunda Norte ( 6°/ 34), devendo os dois representa­ntes de Angola nesta prova africana sair do trio, em função das disponibil­idades financeira­s.

É a segunda vez que os polícias declinam um convite de participaç­ão nas Afrotaças, quando não conquistad­a por mérito, depois do sucedido em 2017/ 18. A agremiação concorreu nesta mesma prova em 2008 e 2011. Petro de Luanda e 1 º de Agosto representa­rão o país na Liga de Clubes Campeões.

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