Folha 8

PORTUGAL É (TAMBÉM) O BOM SIPAIO

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Pela voz do então ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o Executivo angolano agradeceu o apoio institucio­nal que Portugal tem prestado a Angola no combate à corrupção. Exemplo emblemátic­o desse apoio foi o caso de Manuel Vicente e agora é o de Isabel dos Santos.

Acabar com a corrupção em Portugal, tal como em Angola, seria como acabar com as vogais na língua portuguesa. Essa peregrina ideia de querer pôr, tanto em Portugal como em Angola, os corruptos a lutar contra a corrupção é digna dos bons alunos do regime angolano que, aliás, aprenderam com os exímios professore­s portuguese­s. O combate à corrupção em Portugal apresenta “resultados mais baixos do que seria de esperar para um país desenvolvi­do”. Essa de chamar desenvolvi­do ao reino esclavagis­ta em que os senhores feudais foram e são do PSD e/ ou do PS, com algumas incursões do CDS, tem piada, tal como tem falar- se ( nada mais do que isso) de corrupção. Apesar dos “esforços”, traduzidos na produção de legislação, muitas das novas leis “estão viciadas à nascença, com graves defeitos de concepção e formatação”, o que as torna “ineficazes”, dizia há mais de cinco anos um documento produzido pelos Sistema Nacional de Integridad­e ( SNI) de Portugal, constituíd­o por entidades públicas e privadas e elementos da sociedade empenhadas no combate à corrupção.

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