Folha 8

Estamos em Maio e, nesta rubrica, vamos partilhar o sentimento de milhares e milhares de pessoas sobre a importânci­a de uma data marcante, do ponto de vista positivo e negativo, nas suas vidas e na de ente-queridos.

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Lourenço Diogo:

Recordo- me que, em 1992 num pronunciam­ento do Dr. Savimbi quando respondia algumas acusações sobre as mortes durante a guerra dos 16 anos ( 1975 a 1991), ele respondeu dizendo que pelos números aproximado­s estimava 10.000 (+ ou -) pessoas mortas, neste período e como chefe pedia desculpas pelos factos. Mas fez uma breve comparação entre os números de pessoas mortas durante o conflito armado: UNITA e MPLA e a quantidade de mortos no conflito entre MPLA e MPLA, dizia, ele próprio, segundo os dados que lhe chegaram, estimavam- se entre 30 a 40 mil pessoas mortas, neste período de Maio de 1977. Portanto, não é justo pôr ao mesmo nível estes dois factos.

José Ambrósio:

Na verdade este governo não quer ser realista, porquê? Isto tudo se vê que a história de Angola está muito mal contada, eu sempre disse que até ao dia que este governo vier a pedir perdão, ao povo especialme­nte às vítimas e aos sobreviven­te do 27/ 05/ 1977, ali iremos ver as verdades a vir à tona. Porque não se está a fazer favor mesmo o dever é de cada cidadão ter um registo e se vier a morrer uma certidão de óbito. Temos de continuar Dr. William Tonet.

Frank Lucas:

Enquanto nós não olharmos para a frente, enquanto ficarmos toda hora a tentar desenterra­r o passado esse país não vai evoluir. Todos os partidos mataram, todos partidos mentiram, todos partidos chacinaram, mas agora é hora de esquecermo­s isso e olharmos uns para os outros como irmãos. CHEGA SENHOR William Tonet.

William Tonet: Frank Luca:

As barbaridad­es nunca se esquecem, podem, depois de reconhecim­ento e desculpas, da parte agressora, serem perdoadas, pelas vítimas, que, em função do gesto de humildade, serem pela outra, esquecida, mas nunca perdoada...

Nayila Da Silva:

Tem de se pedir perdão às famílias enlutadas e arranjar um convénio com estas famílias para amortizar essa dor que dura há dezenas de anos.

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