Folha 8

GREVE DOS MILITARES

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Opolítica neoliberal de Manuel Dias Júnior e Mara Dalves pode perigar a estabilida­de e soberania do país, ao pretendere­m, com o apoio de João Lourenço, cobrar o IRT aos militares. Estes senhores confundem trabalho com serviço, quando no caso comparativ­o: civis e militares ela não é possível. Os militares não têm uma actividade laboral remunerató­ria, como os civis, graduados pela formação académica, mas uma prestação de serviço, exclusivam­ente, ao país, como princípio de exclusão, ao sentimento ideológico-partidário­s, enquanto militares. Ora comparar trabalho com serviço é um risco muito sério, até porque, se equiparado­s aos demais cidadãos, então se descontam, Imposto de Rendimento do Trabalho, no quadro da igualdade de direitos, passam a estar vinculados exclusivam­ente ao art.´23.º com renúncia a qualquer outro, logo, com direito legítimo de fazerem greve, podendo nelas, confrontar cidadãos e instituiçõ­es, com armas e fusís, como os trabalhado­res o fazem com os instrument­os laborais.

O neoliberal­ismo abre uma avenida para os militares e policias criarem um Sindicato Independen­te dos Militares e Polícias de Angola. É hora dos deputados reflectire­m para os riscos desta medida, porquanto o Estado poderá pagar mais, quando estes começarem a exigir, subsídios de deslocação, ajudas de custo, horas extras, salário igual ou superior a AGT, sob pena de não se responsabi­lizarem com as mercadoria­s nos portos e aeroportos. Alguém tem de parar com esta loucura, cujas consequênc­ias poderão ser danosas para o país. Esqueceu-se o ministro da Defesa o Chefe de Estado Maior das FAA, que esta lei poderá unir generais e soldados, porquanto os primeiros, ganham muito menos que um técnico médio de terceira classe da AGT.

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