GREVE DOS MILITARES
Opolítica neoliberal de Manuel Dias Júnior e Mara Dalves pode perigar a estabilidade e soberania do país, ao pretenderem, com o apoio de João Lourenço, cobrar o IRT aos militares. Estes senhores confundem trabalho com serviço, quando no caso comparativo: civis e militares ela não é possível. Os militares não têm uma actividade laboral remuneratória, como os civis, graduados pela formação académica, mas uma prestação de serviço, exclusivamente, ao país, como princípio de exclusão, ao sentimento ideológico-partidários, enquanto militares. Ora comparar trabalho com serviço é um risco muito sério, até porque, se equiparados aos demais cidadãos, então se descontam, Imposto de Rendimento do Trabalho, no quadro da igualdade de direitos, passam a estar vinculados exclusivamente ao art.´23.º com renúncia a qualquer outro, logo, com direito legítimo de fazerem greve, podendo nelas, confrontar cidadãos e instituições, com armas e fusís, como os trabalhadores o fazem com os instrumentos laborais.
O neoliberalismo abre uma avenida para os militares e policias criarem um Sindicato Independente dos Militares e Polícias de Angola. É hora dos deputados reflectirem para os riscos desta medida, porquanto o Estado poderá pagar mais, quando estes começarem a exigir, subsídios de deslocação, ajudas de custo, horas extras, salário igual ou superior a AGT, sob pena de não se responsabilizarem com as mercadorias nos portos e aeroportos. Alguém tem de parar com esta loucura, cujas consequências poderão ser danosas para o país. Esqueceu-se o ministro da Defesa o Chefe de Estado Maior das FAA, que esta lei poderá unir generais e soldados, porquanto os primeiros, ganham muito menos que um técnico médio de terceira classe da AGT.