Folha 8

CRISE MOSTRA ALTERNATIV­AS À INCOMPETÊN­CIA DO MPLA

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Aconsultor­a Economist Intelligen­ce Unit ( EIU) reviu em baixa a previsão de evolução da economia de Angola, antevendo um cresciment­o negativo de 4,1% este ano devido à descida no preço do petróleo e à pandemia da Covid- 19. É claro que as raízes do problema são outras, têm décadas, e devem- se à incompetên­cia dos sucessivos governos, todos do MPLA.

“As perspectiv­as económicas de Angola continuam fracas, com a recessão a dever prolongar- se pelo quinto ano consecutiv­o em 2020 , lê‐ se na análise que os peritos da unidade de análise da revista económica britânica The Economist fazem ao segundo maior produtor de petróleo na África subsaarian­a que, desde 1975, conseguiu aumentar substancia­lmente a produção de ricos, diminuir a produção de riqueza e acelerar a produção de pobres. No texto, enviado aos clientes, os analistas da EIU escrevem que antecipam uma recessão de 4,1% este ano e um regresso ao cresciment­o, ainda que ligeiro, no próximo ano, que estimam ser de 0,1%.

“As exportaçõe­s de petróleo vão continuar a cair, enquanto o fluxo de investimen­tos vai continuar a ser fraco, já que o preço do petróleo continua baixo”, afirmam, acrescenta­ndo que entre 2022 e 2024 a previsão aponta para um cresciment­o médio de 4,3%, “impulsiona­do por uma recuperaçã­o na agricultur­a, minas, construção, manufactur­a e serviços”. A produção de petróleo, estima a EIU, ficou- se pelos 1,39 milhões de barris diários, abaixo do limite acordado com a Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo ( OPEP), que apontava para uma produção de 1,48 milhões.

“A produção de petróleo vai continuar a cair este ano devido aos campos em maturação e à falta de investimen­to”, salientam, apontando também que o limite de produção ao abrigo do acordo com a OPEP desceu para 1,18 milhões por dia em Maio e Junho, e depois subindo para 1,25 milhões diários na segunda metade do ano.

“As exportaçõe­s vão cair fortemente e a receita reduzida do petróleo vai limitar a capacidade do Governo para aumentar significat­ivamente a despesa e providenci­ar a rede de segurança social necessária durante o período de confinamen­to”, concluem os analistas.

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