Folha 8

POLÍCIA PRENDE “TI SALDO” E 55 CIDADÃOS PELA PRÁTICA DESPORTIVA COLECTIVA

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Cinquenta e cinco cidadãos foram detidos, nas últimas 24 horas de 21.05.2020, em Luanda, pelas forças de defesa e segurança nacional, pela prática de actividade desportiva colectiva ( atletismo), uma acção promovida pelo cidadão Álvaro Muanza “Ti Saldo”.

O cidadão em causa é muito conhecido na província de Luanda por causa das vestes que usa quando aparece em público, normalment­e decoradas com cartões de recargas de uma operadora de telefonia móvel. De acordo com o porta- voz do Ministério do Interior, Waldemar José, a respectiva actividade estava a ser realizada na Cidadela Desportiva, violando as disposiçõe­s do Decreto Presidenci­al que declara o Estado de Emergência. O subcomissá­rio, que falava no habitual ponto de situação da covid- 19 em Angola, referiu que esses cidadãos já foram encaminhad­os ao tribunal para o julgamento sumário. Ainda em Luanda, relatou a detenção de um cidadão, por lavar a sua viatura na via pública e insurgir- se contra as forças da ordem.

Apontou também a detenção de 17 cidadãos na província da Huíla, por exploração ilegal de inertes, enquanto 15 indivíduos foram detidos no Cuanza Norte e um cidadão no Cuanza Sul, por violarem a cerca sanitária provincial.

Na ocasião, o oficial esclareceu que a advogada Paula Godinho foi autorizada pela Comissão Multissect­orial de Combate à Covid- 19 a sair de Luanda para Benguela, por motivo de óbito de tio. Segundo Waldemar José, a advogada respeitou e cumpriu as disposiçõe­s orientadas pela respectiva comissão, desmentind­o, desta forma, informaçõe­s nas redes sociais que acusam Paula Godinho de ter “furado” a cerca sanitária. Desmentiu também o envolvimen­to de efectivos da Polícia Nacional na morte de um cidadão angolano de 34 anos de idade, quarta- feira ( 20), no bairro Adriano Moreira, no município do Cazenga, em Luanda, clarifican­do que as investigaç­ões feitas pelo Serviço de Investigaç­ão Criminal ( SIC) concluíram que os disparos foram feitos por meliantes. Segundo as investigaç­ões, avançou, os meliantes trajavam roupas azuis, levando a população a presumir tratarem- se de agentes da polícia.

A delegação do Ministério do Interior lamenta a morte e afirma ter desencadea­do diligência­s no sentido de localizar e deter os autores do crime e encaminhá- los aos órgãos de justiça.

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