FLÁVIO SENTE-SE “INJUSTIÇADO” NA SELECÇÃO
Oantigo futebolista Flávio Amado, marcador do único golo da selecção nacional no Campeonato do Mundo decorrido na Alemanha, em 2006, revelou a 31.05.2020, em Luanda, que sentiu- se injustiçado ao longo do período que representou as “cores” nacionais. Afirmou ter faltado mais oportunidades já que durante longo tempo foi a terceira opção, depois dos atacantes Akwá e Quinzinho, juntando- se o facto de ser orientado a jogar, quase sempre, para estes e não como finalizador.
O actual técnico- adjunto do Petro de Luanda, que fez estas declarações à Rádio - 5, particularizou a sua presença no Mundial, argumentando que na época estava em boa forma e tinha sido o melhor marcador no Campeonato Africano, cinco meses antes, no Egipto.
Disse que foi pouco utilizado, desde os jogos de preparação até ao evento. Embora insatisfeito pelo constrangimento, particularmente durante o inédito Campeonato do Mundo, referiu ter vivido bons momentos no combinado nacional. Relativamente ao estado do desporto nacional, o antigo internacional apelou a intervenção do Estado para a melhoria da actual situação. Flávio Amado representou o Ara da Gabela ( 1997), Académica do Lobito ( 1998/ 1999), Petro de Luanda ( 2000/ 2005), Al- Ahly ( 2005/ 2009) Al Shabab da Arábia Saudita ( 2009/ 2011), Lirce da Bélgica ( 2011/ 2012) e Petro de Luanda ( 2013/ 2014).
Foi campeão do Girabola ( 2000 e 2001), conquistou três taças de Angola ( 2000, 2002, 2013), três Supertaças de Angola ( 2002, 2003 e 2013).
No Egipto, venceu a liga local ( 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009), conquistou quatro Supertaças, duas Taças do Egipto, três Ligas dos Campeões, além de ter participado em três mundiais de clubes. Ao serviço da selecção nacional obteve duas taças da COSAFA em 2001 e 2004. Individualmente, Flávio foi duas vezes melhor marcador do Girabola ( 2001 e 2002), duas vezes melhor marcador da Liga Egípcia, melhor marcador da Liga dos Campeões da África, melhor marcador da Taça Nelson Mandela, melhor futebolista a jogar em África.
Em cumprimento ao plasmado na lei base do sistema desportivo, no capítulo da renovação de mandatos em cada ciclo olímpico, a 30.05.2020, realizaram- se eleições nas províncias da Huíla, Malanje e Uíge, que resultaram na recondução dos titulares para mais quatro anos.
Na Huíla ocorreu um duplo pleito, no Clube Desportivo local ( CDH) e no Sporting do Lubango.
No CDH foi reconduzido Fabiano Hihepa. Em lista de consenso, obteve o apoio dos 27 membros participantes no “conclave”.
O seu plano de acção para o quadriénio 2020/ 2024 assenta, entre outras, na melhoria dos índices competitivos da equipa sénior masculina de futebol, além da captação de receitas, visando maior crescimento da colectividade. No Sporting do Lubango, Rui Humberto Teles também não teve concorrência já que o seu adversário, Juka Fernandes, desistiu por razões ainda desconhecidas.
Trata- se do seu terceiro mandato à frente da agremiação do Lubango. Desta vez mereceu a confiança dos associados com 18 votos favoráveis, um contra e uma abstenção. No seu programa de trabalho consta a continuação da melhoria das condições sociais e desportivas dos jogadores das diversas modalidades.
O Sporting do Lubango movimenta o futebol, boxe, voleibol, ginástica, ténis, ténis de mesa, karaté- dó, capoeira e basquetebol, congregando 450 atletas entre iniciados, juniores e seniores.
Em Malanje, Mário Machado continua a mandar na Associação de Futebol local. Foi reeleito em lista única com quatro votos, nenhum contra e nenhuma abstenção.
Tem como prioridade a massificação, fundamentalmente nos escalões de formação. No Uíge, Nzolani Pedro mantém- se para mais quatro anos como presidente de direcção do Santa Rita de Cássia. Em lista de consenso, foi reconduzido com 34 votos, nenhum contra e nenhuma abstenção. Quanto aos objectivos neste seu segundo mandato, afirmou que vai continuar a promover o futebol, andebol, atletismo, judo, xadrez e karaté- dó. Referiu que, apesar das dificuldades, a meta é ficar entre as oito primeiras classificadas no próximo Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão “Girabola”.
TTEXTO DE CARLOS PINHO (*)