DITADURA JÁ SE SENTE NO BRASIL
OGoverno do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, publicou milhões de anúncios oficiais em sites investigados por divulgar notícias falsas, segundo um relatório parlamentar esta semana pela imprensa brasileira. Dois anos depois divulgamos uma carta que William Tonet escreveu a Lula da Silva e que lhe foi entregue na Cadeia de Curitiba. “Entre eles estão portais que espalham notícias falsas, oferecem investimentos ilegais e aplicativos de conteúdo pornográfico”, referiu o relatório preparado por uma comissão parlamentar que investiga a disseminação das chamadas “notícias falsas”. Segundo o documento revelado pelo jornal O Globo, foram identificados 843 canais que os consultores da comissão parlamentar consideraram inadequados para transmitir propaganda oficial e paga com recursos públicos da Secretaria Especial Presidencial de Comunicação ( Secom).
“Entre eles, 47 portais que espalham notícias falsas, 741 canais do Youtube que foram removidos por violar as regras da plataforma, 12 portais de notícias sobre jogos de azar, sete que oferecem investimentos ilegais e quatro com conteúdo pornográfico”, disse o relatório.
No total, de acordo com os documentos obtidos pelo jornal brasileiro, nesses portais, aos quais são adicionados aplicativos de serviço de mensagens igualmente suspeitos, foram publicados “2,065 milhões de anúncios pagos com recursos da Secom”. O documento também revelou que a Secom chegou a usar a plataforma Google AdSense, que encaminha anúncios directamente para portais e sites, mas permite ao anunciante bloquear aqueles que considera inadequados, o que não foi feito.
Alguns dos beneficiários foram portais e canais de Internet que são investigados pelo Supremo Tribunal Federal ( STF) no âmbito de um processo que visa identificar os responsáveis pela disseminação maciça de ameaças de morte e “notícias falsas” que afectam alguns membros desse tribunal. Nesse caso, todos os investigados são activistas de grupos de extrema- direita que apoiam o Governo Bolsonaro e convocaram manifestações, geralmente assistidas pelo próprio governante, nas quais pedem o fecho do Congresso e do STF e onde até se exige “intervenção militar”. Os movimentos bolsonaristas, como são chamados os apoiantes do Presidente brasileiro, também estão na mira de outro processo que avança na Justiça eleitoral e se refere a alegações de um uso maciço de “exércitos de robôs” para espalhar “notícias falsas” durante a campanha para as eleições de 2018. Pandemia de Covid arrasa o Brasil Embora os resultados variem todos os dias, registe- se que o Brasil registou quarta- feira um recorde diário de mortes devido à Covid- 19, ao contabilizar 1.349 óbitos, ao mesmo tempo que identificou 28.633 infectados nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.
No total, o Brasil acumulava 32.548 vítimas mortais e 584.016 casos confirmados desde o início da pandemia do novo coronavírus, sendo o segundo país do mundo com mais infectados e o quarto com o maior número de mortes.
O país sul- americano investiga ainda a eventual relação de 4.115 mortes com a doença de Covid- 19, num momento em que 238.617 pacientes infectados já recuperaram e 312.851 continuam sob acompanhamento.
São Paulo continua a ser o Estado com maior número de casos no país, concentrando agora 123.483 casos de infecção e 8.276 mortos, sendo seguido pelo Rio de Janeiro, que totaliza 59.240 pessoas diagnosticadas e 6.010 óbitos, e pelo Ceará, que contabiliza oficialmente 56.056 infectados e 3.605 vítimas mortais em decorrência da pandemia. Dois mil brasileiros vão participar nos testes para a vacina contra a Covid- 19 que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global da vacina e o Brasil será o primeiro país, além do Reino Unido, a testar a eficácia da vacina desenvolvida em Oxford contra a Covid- 19. O teste foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa), órgão regulador do país sul- americano e os voluntários serão pessoas que não contraíram a doença anteriormente.