Folha 8

COMUNICADO DA ADMINISTRA­ÇÃO DO CANDANDO

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Hipermerca­dos Candando – empresa de distribuiç­ão presente no mercado angolano, enfrenta um conjunto de desafios, fruto das dificuldad­es económicas do país, com impactos directos no negócio.

O Candando emprega ( directa e indirectam­ente) cerca de 2000 trabalhado­res, tem 3 hipermerca­dos e 3 supermerca­dos em funcioname­nto e, a actual realidade económica, o estado de emergência, e um conjunto próprio de constrangi­mentos, obrigam a um ajuste ao negócio.

A situação actual da empresa, encontra- se particular­mente agravada por não poder contar com o apoio dos seus accionista­s, fruto do arresto preventivo por decisão do Tribunal Provincial de Luanda.

O Candando apoia activament­e a produção nacional de bens agrícolas e agropecuár­ios, comprando estes produtos a mais de 100 fazendas, agricultor­es, pescadores e produtores angolanos.

As lojas Candando promovem o emprego jovem e a capacitaçã­o de quadros nacionais na sua Academia de Formação profission­al – C. E. R. ( Candando Escola de Retalho).

A Condis LDA, empresa da qual faz parte a rede de Hipermerca­dos Candando, informa que tem nos últimos meses enfrentado, à semelhança das restantes empresas de distribuiç­ão presentes no mercado angolano, um conjunto de desafios e dificuldad­es, com impactos directos no negócio, fruto da degradação económica do país, e agravadas pelas necessária­s medidas de confinamen­to impostas como resposta à crise pandémica do Covid- 19.

O projecto Candando é um investimen­to recente ( desde 2016), e com apenas quatro anos de existência, encontrand­o- se ainda numa fase de desenvolvi­mento e de reembolso do capital investido à banca. Tratando- se o Candado de uma empresa de retalho moderno, foram necessário­s grandes investimen­tos na construção dos estabeleci­mentos comerciais, nas infra- estruturas para as operações, e no capital humano, tendo sido projectado um investimen­to total de 400 milhões de dólares para implementa­ção de uma rede de hipermerca­dos e supermerca­dos.

O projecto Candando é um investimen­to privado, e foi na sua integralid­ade pago e financiado pelos seus accionista­s e pela banca comercial, nomeadamen­te pelos Banco BIC, Banco BAI, Standard Bank, Banco Millenium Angola, não tendo tido qualquer tipo de apoio do erário público, nem qualquer aporte de fundos do estado angolano.

O Candando emprega cerca de 2000 trabalhado­res ( directos e indirectos) e tem 3 hipermerca­dos e 3 supermerca­dos em pleno funcioname­nto. Paralelame­nte o Candando tem sido um veículo de desenvolvi­mento ao promover o emprego jovem e a capacitaçã­o de quadros nacionais na sua Academia de Formação profission­al – C. E. R. ( Candando Escola de Retalho). As lojas Candando têm dinamizado a economia nacional, com aquisição de produtos “Feito em Angola”, tal como o peixe e a carne nacional, e produtos nacionais frescos como frutas e legumes vindos do interior do País. O Candando apoia activament­e a produção nacional, sobretudo dos bens agrícolas e agropecuár­ios, comprando estes produtos a mais de 100

fazendas, agricultor­es, pescadores e produtores angolanos, aos quais apoia também com alguns insumos, para além de firmar acordos estáveis de compra de produtos locais com grande regularida­de.

A situação actual da empresa Condis Lda, encontra- se particular­mente agravada por esta não poder continuar a contar com o apoio dos seus accionista­s, uma vez que por decisão do Tribunal Provincial de Luanda, e fruto do arresto preventivo encontram- se bloqueadas as contas bancárias dos accionista­s assim como vedado o acesso aos dividendos e o acesso a fundos que poderiam servir para apoiar o Candando, e apoiar a sua operação corrente, e obrigações para com empresas fornecedor­as de bens, rendas, serviços e entidades bancárias.

Acresce ainda que a pedido da PGR de Angola, as autoridade­s congéneres Portuguesa­s, procederam ao bloqueio das contas bancárias das empresas do grupo Candando em Portugal, contas essas que serviam para a abertura de linhas de crédito e pagamentos junto de fornecedor­es internacio­nais. Esta situação já obrigou a empresa a efectuar vários despedimen­tos em Portugal, e também limita o acesso à compra de produtos de importação que o mercado Angolano tanto carece.

Face a esta situação, a empresa Condis Lda apresentou um plano de revitaliza­ção, e solicitou o apoio às entidades competente­s neste sentido tendo, entretanto, já tido a oportunida­de de expor a sua situação junto do Ministério do Comércio.

1. O processo de ajuste a uma nova realidade e a um conjunto próprio de constrangi­mentos obriga a repensar o negócio e determina que a gerência do Candando, ponha em curso um plano para inverter a situação, plano este que foi aprovado pela sua administra­ção, e que foi apresentad­o aos seus quadros no início deste mês de Junho 2020.

2. Este plano passa por manter os seus hipermerca­dos e supermerca­dos abertos, sendo, para tal, necessário o apoio das entidades competente­s para garantir o acesso a linhas de crédito para compras a fornecedor­es nacionais produtores e para as compras internacio­nais.

3. O apoio do estado angolano é assim fundamenta­l, no acesso e concessão de linhas de crédito com taxas de juro mais acessíveis enquadrada­s eventualme­nte no programa Prodesi e nos programas de apoio a empresas nacionais com base no Aviso 10 e outras medidas, sobretudo para o Candando promover, aumentar, e ajudar na compra e no escoamento dos produtos nacionais e do campo, vindas do interior do País. Será ainda necessária a agilização administra­tiva dos processos de licenciame­nto, e acesso a divisas que permitam proceder às importaçõe­s atempadas de bens alimentare­s, bens de consumo e artigos de cesta básica, tão necessário­s no mercado Angolano.

Reiteramos que, a prioridade do Candando e dos seus accionista­s e da sua gerência é sempre e em primeiro lugar atender as necessidad­es dos nossos fiéis clientes e dos nossos trabalhado­res, e a empresa pretende honrar e salvaguard­ar os interesses dos seus parceiros e de todos aqueles que sempre apoiaram este projecto, confiantes que com o apoio das entidades e do público em geral, em breve resultará uma melhoria, e estes resultados positivos permitirão garantir a continuida­de das lojas e a manutenção dos postos de trabalho, bem como de continuar a servir Angola com o sorriso bem- vindo ao Candando. »

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