AOS INIMIGOS NEM UM PALMO DE… LEI
Angola cada vez mais parece um cemitério a céu aberto, com o executivo, sempre desejoso de enterrar mais um defunto, como sonhava Odorico Paraguasu, da novela brasileira e, no caso angolano, os potenciais adversários políticos, principalmente, se não os consegue converter em traidores, clementinos, resignados e bajuladores, que depois de usados e ensanguentados, são descartados como “modess” feminino; Jorge Valentim, Tony da Costa Fernandes, os POCS, Bento Bembe, entre outros.
Por esta razão temos, hoje, uma classe política pobre, impotente, desgarrada e a mercê do poder, que actua como PAM, alimentando- os com mordomias, para ficarem de bico calado. O presidente João Lourenço acalentou a esperança de abrir as comportas da democracia, mas logo, concluiu que ser democrata dá muito trabalho, principalmente, a quem a democracia lhe foi imposta. Assim ao invés de combater a fraude na Comissão Nacional Eleitoral, nomeou um juiz batoteiro, incompetente e partidocrata. Nos tribunais superiores, os de recurso, colocou magistrados subservientes, com compromisso com a doutrina do partido e chefe, capazes de, no cumprimento das “ordens superiores” cassarem direitos e projectos políticos de adversários com carisma e base social de apoio. Os apoiantes e uma grande maioria dos intelectuais da sociedade civil acredita estar Abel Chivukuvuku e o PRAJA, com a cabeça na guilhotina, para gáudio da feroz perseguição política, desde a pretensão do partido PODEMOS, não da parte do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, mas do presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, que tem, sob controlo remoto, os juízes do Tribunal Constitucional, que terão de encontrar, todas as formas ilegais, para arredarem da luta política o homem da Luvemba. Muitos acreditam, que mesmo os melhores argumentos da turma de Direito de Barack Obama, da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, não seriam bastantes, para dissuadir a pretensão malévola dos “juizticeiros” partidocratas em função das “Ordens Superiores” de “assassinarem” o sonho e um direito constitucionalmente consagrado de milhares de angolanos, por atemorizarem o fracassado programa económico- social e político do regime. Enfim, a continuar a ser verdade, custa acreditar que Quintino Moreira, cuja massa militante e dirigente, não enche uma sala de 500 pessoas, tenha conseguido legalizar um partido e Abel Chivukuvuku, com apoiantes em toda Angola, apenas vê reconhecido o poder de uma ditadura trasvestida de democracia.