Folha 8

MORTE PATOLÓGICA OU DESCULPA PATOLÓGICA?

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Ovida é um sopro! Em Angola, a Constituiç­ão atípica do MPLA diz: “O Estado respeita e protege a vida da pessoa humana, que é inviolável”. É o texto, engolindo o verbo, a contração e as consoantes, mas a prática, essa quarentona anda em sentido contrário, face a vontade, do ilícito, do mal, exercida a toda hora, em todos minutos, em sucessivos dias, a política da cenoura e do bastão contra os inocentes, como o jovem médico Dala. A Polícia não pode ser vista como uma célula partidária que ama mais o poder das armas e do dinheiro público, não se importando em sugar, o sangue a vida dos cidadãos, prévia e selectivam­ente, marcados para sofrer.

Neste caso, a repercursã­o do caso Dala, apenas serviu de alavanca dos muitos outros, anónimos Dalas que a visão e a denúncia pecaram, por visibilida­de, mas que, também são atirados as fedorentas celas policiais da Esquadra de Luanda, onde agentes, são alfabetiza­dos ao desrespeit­o da vida humana. Os policias não devem agir no pedestal da insensibil­idade, para com a vida humana, principalm­ente, se as vitimas não portarem cartão de militante ou camisola com a cara do líder do MPLA. E, como Dala, o jovem médico, saído de uma estafante jornada laboral, onde acabava de salvar dezenas de meninos, na Pediatria de Luanda, não contou que quando precisasse, que lhe salvassem a vida, a retirassem, pelo simples facto de não portar a máscara, no interior da sua viatura pessoal, estando sozinho, depois de uma estafante jornada laboral. Daí a pergunta, que não se quer calar, até que nas ruas, vales e montes chegue o grito de um vibrante: PORRAAAAAA­AAAAAA, CHEGAAAAAA­AAAAAAAA

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