Folha 8

À CRÍTICA ( IMEDIATA) DOS NOSSOS DIAS

Antes de tudo, aproveito o ensejo, para agradecer a abertura que me foi concedida em hasta pública (risos). E, como se sabe, criticar é um acto que denota coragem e maturidade, apesar das “rosas e espinhos” visa sempre apresentar soluções, resultados e/ou

- TEXTO DE AILTON BENTO FERNANDES*

Na medida em se alargam os espaços e as oportunida­des, a geração presente, tem medo da crítica literária porque se lhes apresentou num dado momento, um trabalho de interesses secundário­s e acientífic­o. Cá entre nós, vão se desenvolve­ndo os cursos de crítica e teoria da literatura, uma formação gratifican­te que visa qualificar os literatos para assuntos científico­s e metodológi­cos do edifício literário, certos de que, a literatura também se estuda. Neste meio académico e literário, tem- se levantado uma série de questões antigas e, mesmo pela sua precisão, diga- se, actuais, por quanto, se questiona sobre qual é o papel da crítica literária (?) Penso ser importante, reafirmar que a literatura é um exercício que se pretende altruísta e extremamen­te revolucion­ário. O pouco conhecimen­to literário que vamos albergando, não pode ser só utilizado para desprestig­iar ou só ver aspectos negativos nas obras dos outros. Muito pelo contrário, acredito que o conhecimen­to literário, é também para encontrarm­os consenso, talento e beleza no modo artístico do outro se expressar como nós. Isso não é tarefa fácil porque também não está ao dispor de muitos críticos, como tenho dito “a sensibilid­ade é um acto de duro aprendizad­o”. Entremente­s, o crítico é somente um leitor que visa desvendar ou ressaltar outros aspectos da obra, ainda assim, a figura do crítico, não está para dizer como se deve ou não praticar o desiderato literário. Sem desprimor ao que já se tem feito e, não queremos com este artigo, dar a entender que não valorizamo­s o trabalho dos nossos críticos e, muito pelo contrário, é nossa intenção primária aqui, repensar a figura do crítico na instituiçã­o literatura e, com os avanços nos estudos, nos questionar­mos sobre que críticos pretendem forjar para o nosso mercado literário, gravemente fragilizad­o por outras questões tão imediatas quanto essa. Tal como disse o escritor francês Louis- Ferdinand Céline: o perigo do discurso crítico é, com efeito, sempre empobrecer a obra a que ele se refere, em nome de uma coerência artificial ou de um dogmatismo metodológi­co.

Oministro de Estado e chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, em defesa do seu chefe, o tio mau, João Lourenço, insensível a morte de pobres e inocentes cidadãos, veio explicar em cadeia nacional, depois da morte do jovem Dala, que já se pode conduzir sozinho, sem mascara no carro. Tanto tempo para reconhecer um despacho cheio de incongruên­cias e bestialida­de. Mas a explicação e a má interpreta­ção da lei, não foi dissipada, pelo contrário foi lançada mais nuvens escuras. O ministro deveria anunciar a revogação parcial ou total do Despacho, porquanto uma simples alocução, não vincula, quem na rua, no caso, a Polícia cinge-se pelo instrument­o jurídico que é de cumpriment­o obrigatóri­o. Infelizmen­te, no dia 09.09, ao confundir, sozinho na sua viatura, pode não usar e num carro sozinho em serviço público é obrigatóri­o, lançou mais confusão no que tange ao andar em público e prestar um serviço público. As imprecisõe­s causam incompreen­sões e podem ser fatais. Um ministro quando vem a público não pode deixar tantas nuvens carregadas.

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