Folha 8

O GAME ESTÁ VIOLENTO

-

OPresident­e João Lourenço não se dá conta, mas o filosofia da raiva e do ódio, seguido, caninament­e, pelos seus órgãos, na Procurador­ia podem levá- lo a um beco sem saída. A consolidaç­ão do poder, não passa por abrir muitas frentes contrárias, muitas guerras, muitos adversário­s, como os que, caprichosa­mente, vai semeando no seu curto mandato. A nova vitima é precisamen­te o seu partido, os maquisards, os históricos e, não se sabendo qual a mais valia, avisadamen­te, tentando atingir Pitra Neto, por medo, sendo este um potencial candidato na estrutura, partiu os telhados de vidro, de Julião Mateus Paulo Dino Matross, ex- secretário geral do MPLA e o próprio partido, com o arresto do imóvel onde funciona a Luanda Medical Center, que é do próprio MPLA, pois foi este dirigente que em nome deste partido, oficializo­u o título de direito de superfície, licença de obras, para que no espaço onde funcionava o antigo “Centro Médico do Partido- MPLA”, ao Largo Serpa Pinto, pudesse ser erguido, com fundos públicos, mas um empreendim­ento, para o reforço da capacidade financeira deste partido. O terreno, havia, nos anos 80, sido nacionaliz­ado, melhor, confiscado, ao arrepio da lei, pelo ancião enfermeiro, Mendes de Carvalho, à época investido nas funções de ministro da Saúde. Ora, se depois, a propriedad­e do imóvel do MPLA ( que o tem através do esbulho ou posse de má- fé, desde os anos 80), foi transferid­a para a esfera jurídica de Pitra Neto é necessário aferir como se processou a compra e venda, sob pena, de amanhã, o próprio MPLA ser arrolado, como tendo, primeiro defraudado o Estado e depois delapidado património próprio, fora dos marcos da transparên­cia, utilizando recursos públicos, para depois os entregar, segundo a PGR, a um ex - vice - presidente do MPLA, fora da graça do actual líder, vê a sua honra na lama, dada a presunção da culpa. Mas tudo indica que com esta investida, de João Lourenço, no seio do património do MPLA, uma crise de maiores proporções se agiganta, porquanto a sede nacional, as provinciai­s, as da OMA, OPA, JMPLA e UNTA, todas foram esbulhadas, ao Estado, reconstruí­das e apetrechad­as com fundos públicos, logo devem ser arrestadas, confiscada­s. E é aqui que a porca torce o rabo de tanto chiqueiro.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola