Folha 8

CUMPLICIDA­DE DA UFOLO COM POLÍCIAS

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Quem (no 01.12), ouviu o comandante da PN em Benguela, afirma Ilídio Manuel, no final do encontro com a UFOLO, de Rafael Marques, pode ter ficado com a sensação de que Aristófane­s dos Santos estava a falar de uma “Califórnia dos Direitos Humanos” e não de “Benguela das cargas policiais e detenções”. Disse que em 12 manifestaç­ões realizadas naquelas paragens, a polícia teve uma “intervençã­o mínima”, ou seja, se houve violência terá sido de “leve”. É jornalismo sério e responsáve­l, a TPA podia fazer o contraditó­rio junto aos jovens, sobretudo os da organizaçã­o dos DH Omunga que na carne têm sentido o que é isso de “intervençã­o mínima”... Por outro lado, se o “EME” é a “única força capaz de governar”, como diz Rui Falcão, governador de Benguela, por que evita as autarquias? Medo de perder o poder?” E, em função disso, Silva da Silva questiona, “Se governar é isso, então estamos tramados da vida. ANGOLA arrisca-se a acabar na sarjeta da história. O melhor seria chamar de volta o colono e pedir desculpas por os termos afrontado!”, ao que Manuel da Costa acrescenta, “quando um partido que capturou a proclamaçã­o da independên­cia; implantou uma das maiores ditaduras na África Austral; implantou uma democracia ditatorial, no mínimo deveria ter uma população culta e não analfabeta. Porém Rui Falcão tem razão porque a educação que deram à maioria dos angolanos foi e é tão medíocre que podem ser comprados com migalhas seis meses antes das eleições... ou porque tem a certeza que ele é quem vai contar os votos e transportá-los e guardá-los numa esquadra policial. De outra forma, seria pelo menos arrogante e admitiria hipótese de que os militantes do MPLA não é maior que os cidadãos deste país”. E na bifurcação do verbo surge Adriano Sapiñala a lembrar uma indagação de Adalberto da Costa Júnior, “nós temos criticado o modo como se nanciou os PIIM, que surgiram para responder à agenda partidária do partido de regime. Não havia dinheiro para realizar as autarquias, mas entretanto apareceu dinheiro para os PIIM! Dinheiro com origem no Fundo Soberano sem ter sido aprovado pela Assembleia Nacional! Procedimen­tos completame­nte errados.

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