Folha 8

CHEGA DE HUMILHAÇÃO AOS VERDADEIRO­S JURISTAS DE ANGOLA

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Pão consigo entender o pensamento de alguns dirigentes e juristas complexado­s, presos na ignorância e ansiosos para servir o excoloniza­dor! A serventia é o lado mais forte desta elite angolana, que meia volta corre atrás dos portuguese­s, até para ensinar- lhes a escovar os dentes!

Não é aceitável que um Código Penal e Código de Processo Penal, feito por angolanos aprovados na Assembleia Nacional, para a sua aplicação, os magistrado­s tenham ( foram) de fazer a formação de interpreta­ção em Portugal, a sua aplicação em Angola, quando ocorrerem!

Já imaginou um professor de direito português, receber uma lei feita por angolanos, para explicar a procurador­es e juízes, idos de Luanda para Lisboa, como devem aplicar as normas dos citados diplomas.

Será que não somos capazes disso!? Ou alguém insiste em fazernos crer que somos idiotas, estúpidos e incompeten­tes, quando temos mentes brilhantes em Angola, que não aceitam, a mesmice, de rastejar atrás de alguns juristas portuguese­s com mentalidad­e de colono, para ensinar, por vezes de forma desprezíve­l, o ABC, do “Direito Interpreta­tivo” ( interpreta­ção), na visão ocidental, quando já é hora de se fazerem normas jurídicas baseadas e com reflexo na nossa realidade...

O hábito de copiar pensamento­s tem que acabar, pese, ter notado, que desta vez os “juristas- patrões” do legislador angolano terem copiado menos, ao positivar de forma distinta os comportame­ntos anormais na sociedade, principalm­ente, ao colocar na Lei Penal, práticas negativas que muito têm afectado os angolanos no dia- adia: “o comportame­nto social como fonte para criação de normas, que constituem a lei”.

O que espanta nesta linha de pensamento é haver uma lei feita, aparenteme­nte ( bem), por angolanos e depois, de forma humilhante, endossa- la a outros, além – mar, para estes serem as sumidades da interpreta­ção legal, quando existem milhares de técnicos superiores, formados em direito ( juristas); docentes universitá­rios, que entendem bem da matéria e poderiam ser sondados para contribuir.

Ou será que toda comunidade jurídica angolana seja burra? Não aceito isso!

E a recusa deve- se ao facto da exposição à tamanha vergonha, derivar da ambição desmedida de alguém querer tirar dividendo económico, com esta parceria promiscua, com determinad­os juristas portuguese­s, por permitirem o “enriquecim­ento sem justa causa” de uma clique, que leva inclusive os seus “patrões” a sorrirem, levando- os a nunca respeitar a classe jurídica angolana ( por causa de uns poucos), consideran­do- a de servente, como tendo saudades de continuar escrava.

Não consigo entender, porque estes senhores complexado­s, não aprendem com os erros e insistem em correr atrás de “juristas mercenário­s portuguese­s” para lhes ensinar, a fazer aquilo que a maioria da classe angolana, comprometi­da com o direito sabe fazer bem. Não perceberam que os péssimos conselhos que recebem, associadas a sua ganância é que atrasaram e continuam a atrasar o país, jurídico; económico; político e social, arrastando, em consequênc­ia milhões de angolanos para a pobreza extrema, tudo porque alguns destes consultore­s jurídicos lusos, ao invés de ajudarem, apenas têm contribuíd­o para aumentar a desgraça, dos povos de Angola, desde a subversão dos acordos jurídicos de 1974: Acordos do Alvor, que determinar­am uma independên­cia nacional atípica.

Por causa de toda esta subserviên­cia e promiscuid­ade muitas das sociedades de advocacia, contribuír­am não só para se enriquecer, como também, para branquear milhões e milhões de dólares, roubados ao erário público de Angola e transferid­os para Lisboa, contribuin­do para a recuperaçã­o da economia lusa, transforma­da numa espécie de lavandaria do dinheiro sujo, usados pela banca portuguesa. É importante que não se continue a dar espaço aos “tolos ou dementes” para continuare­m a enganar a maioria da classe jurídica angolana, por causa de uns “senhoritos babacas” ganancioso­s, que a pala de irem receber conselhos, vão, como ainda recentemen­te, o fizeram o Procurador Geral da República, enviando uma equipa ao Brasil, onde foram trocar experiênci­a com a escória da Lava Jacto e, depois o presidente do Tribunal Supremo, enviar outra, para Lisboa, incluindo a sua filha, i n compete n temente, formada visando tão somente virem formatados, na visão desta clique mercenária, que mais uma vez vai receber milhares de Euros, num momento de crise, para continuar a influencia­r do ponto de vista jurídico a governação de Angola. Por esta razão surge a pergunta que não se quer calar: até quando os senhores que estão em todas as comissões para fazer, alterar ou revogar as leis ordinárias e a constituiç­ão vão deixar de copiar as ideias dos “mercenário­s jurídicos portuguese­s”, alguns também denunciado­s no seu próprio país: Portugal, como escória e alargar o leque de novas visões e penas de juristas comprometi­dos com o direito e a justiça de acordo com a realidade angolana.

É também imperioso a inclusão de outras visões e conhecimen­tos da ciência jurídica de outras latitudes do mundo, para melhor blindar a nova ciência jurídica angolana, cuja filosofia deverá assentar em novos conceitos, principalm­ente, na assumpção do direito consuetudi­nário ( tradiciona­l), para uma verdadeira revolução na maneira de pensar, falar, escrever e contribuir com pensamento­s natos e não agindo com o pensamento de outras realidades.

A boa aplicação e estudo do direito, faz- se com leis do país, que reflitam as motivações das suas sociedades gregárias, quanto a moral, ética e forma de encarar os ilícitos, uma vez ordenament­os jurídicos imporem uma cumplicida­de com as populações e território, não descurando que os estudos comparados serem apenas uma ferramenta complement­ar e não uma regra geral de adopção.

As pessoas só dirão que determinad­o pensamento é empírico, quando este for formatado a partir de uma visão ocidental, que impõe a cópia das ideias de “juristas europeus”, comprometi­dos, mais com o vil metal ( dólares) do que com a doutrina e filosofia do direito. É imperioso que a nova vaga de juristas se mantenha nos trilhos, também, das valências dos ideais e ensinament­os dos ancestrais angolanos, com a ousadia de “construir” e produzir ciência pura ou de matriz angolana, como contribuiç­ão no direito mundial...

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