Folha 8

2. PRESIDENTE NÃO CONFIA NA SAÚDE

-

A saúde está mal.

É uma vergonha, pelo facto do executivo ter feito, em 45 anos, o impensável: Exportar os seus mais altos dirigentes para o exterior, face à resistênci­a da incompetên­cia em criar hospitais públicos, higiénicos e de competênci­a em meios técnicos e humanos. Mas veja- se o mais recente absurdo, numa altura em que o pico de contaminaç­ão de COVID- 19 é diminuto, continua a esbanjar- se dinheiro na montagem de hospitais de campanha, em homenagem à evasão de dinheiro público, para bolsos privados... é uma autêntica heresia da falta de noção de prestação de serviço público. O Presidente da República está no exterior: Emiratos Árabes Unidos mostrando não ter o país uma elite governativ­a que orgulhe o país, tratando- se nos seus hospitais públicos. O povo que se lixe no Maria Pia e outros pias, espalhados por esta Angola afora, resultado de um sistema nacional de saúde, competente­mente incompeten­te, que dele, até o Presidente, coitado, foge como o diabo da cruz.

João Lourenço ao ter ido, com a família, em visita privada de saúde, sem antes ter apanhado a vacina Astrazenec­a para combater o COVID- 19, quando deve, também, ter imunidade, abre o caminho, para todos os dirigentes o secundarem, pois esta é para o povão, numa clara demonstraç­ão, ter, a nossa vergonha, contornos institucio­nais. Verdade ou mentira, tudo incrimina, a rota da vacina no braço familiar e do meu Presidente, desculpem dos angolanos do MPLA, por ser mais deles, mas o actual Presidente de Angola, que tantas expectativ­as criou, parece talhado a darnos decepções maiores, quando se esperava, estatístic­as próximas de Nelson Mandela e Marcelo Rebelo de Sousa, por ter sido e, ser um Presidente que escancara a porta dos hospitais públicos dos respectivo­s países, para se tratarem...

Se o Presidente de Angola, ficasse apenas meio dia internado numa maca do Hospital Maria Pia acredito, acreditamo­s, que em dois anos, teríamos um hospital público de referência e, acto contínuo, um cemitério de referência, totalmente, relvado onde não haveria necessidad­e de cunha para uma campa, porque, para desgraça colectiva, até isso se impõe, hoje.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola