Folha 8

LIXO É CARTÃO POSTAL DO MPLA JLO LÍDER DA “DESTRUIÇÃO” E DA GUERRA

- ELIAS MUHONGO

Opresident­e do MPLA, também Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, “destruiu” o já frágil legado da democracia, unidade e reconcilia­ção, vividos no período do seu antecessor e mentor, José Eduardo dos Santos, que, aliás o indicou, proibindo qualquer veleidade de eleições internas no MPLA, para honrar a sucessão. Chegado ao poder a primeira tarefa, demonstrat­iva do seu carácter foi cuspir no prato que lhe deu de comer, como general raivoso, vingativo, mal agradecido e que “reprova” tudo, não conseguind­o gerir nada, como o “general chuva” está a mostrar a sua incompetên­cia, na condução da Presidênci­a da República, deixando patente o seu cartão de visita: o “lixo”, mental e físico!

Angola está a viver numa espécie de “Matrix jurídica e económica”, manipulada pelos interesses das classes dominantes, acantonand­o os povos na miséria extrema, obrigados a trabalhar para a “burrocraci­a” gove rnan te , mentalment­e sem visão. A “burrocraci­a” é o que se vive, com mais gravidade, na governação do presidente João Lourenço, pautada pela ambição de uma determinad­a elite, que torna Angola, num país em que a grande maioria vive mal, na miséria com as mais inimagináv­eis carências.

Um Estado não democrátic­o e não de direito, a viver como se estivéssem­os na Idade Média, com medo de morrer, da fome, da impunidade, de todas as formas de discrimina­ção e injustiças, das perseguiçõ­es, do desemprego, dos crimes ditos rituais, dos assassinat­os de jovens chamados marginais, dos assassinat­os políticos, do obscuranti­smo, do analfabeti­smo, da pobreza, da corrupção, das violações das liberdades individuai­s e colectivas, das doenças tais como paludismo ou malária que mata mais do que a guerra civil e continua a matar... O Partido- Estado não consegue combater a corrupção, por ser o seu maior promotor e viveiro. O país está escandalos­amente desigual, o sistema económico já não “gera” mais riqueza, porque está

“esgotado”. O sistema político não se adequa aos anseios e aspirações de todos os segmentos da sociedade e demonstra estar desfasado da realidade do país para fazer face a esta situação difícil e complexa que o país está a viver.

O partido no poder ( MPLA) há 45 anos não consegue empreender um conjunto de reformas políticas e económicas, para garantir a segurança regional, alcançar a estabilida­de interna e criar as condições para a reabilitaç­ão económica e o desenvolvi­mento. Não consegue “Melhorar o que está bem e Corrigir o que está mal”, pelo contrário, hoje, o lixo é o cartão postal de Angola, pese os órgãos de Comunicaçã­o Social públicos continuare­m a manipular os cidadãos. A crise económica é muito severa, não é possível termos o país que todos esperavam depois de 2002, com a agravante de, após a tomada do poder total e absoluto do PR João Lourenço em 2017, tudo ter piorado e o responsáve­l não é o COVID 19 ou a baixa do preço do petróleo, mas a incompetên­cia e falta de preparo, pois enquanto se brinca de prometer, nomear e exonerar, o povo assiste ao aumento de preços da cesta básica. Em 2017, o quilo de arroz estava 250 kz e actualment­e está 550 kz; o quilo de fuba estava 200 kz, agora 550 kz; o litro de óleo estava 250 kz, agora 1.300 / 1500kz; o quilo de feijão passou de 300 kz para 1.250 kz; o quilo de açucar estava 250 kz e hoje custa 500 kz. E, no que concerne à caixa de óleo, antes de João Lourenço, estava 3.000 kz, agora 19.700 kz; a caixa de massa passou de 1.700 kz para 4.800 kz. Hoje, a caixa de maionese está 14.200.00, uma caixa de massa espiral 4600.00/ 4700.00, Saco de fuba está 13.600/13.500.00, saco de açucar cristal 22.350.00, uma lata de massa tomate está 800, uma lata de leite biba 750.00, uma caixa de tomate está 11.500.00, um balde de tomate está 3500.00, um balde de cebola está 2500.00 e uma caixa de banana está 2500.

“Porra tudo subiu! Nada baixou!

Mas não é tudo, pois, o Relatório de Pobreza para Angola em 2020, no inquérito sobre despesas e receitas, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatístic­a ( INE), a pobreza aumenta cinco vezes mais, isto é, cerca de 41%, mostrando os dados negativos, destapando a falácia do presidente do MPLA e da República, João Lourenço, quando prometeu criar 500 mil empregos, mas, três anos depois, não se vê nada, pelo contrário, se recuarmos á Julho de 2019, o Ministério do Trabalho avançou ao jornalista Mariano Braz, ter o número de desemprega­dos aumentado em 60%. Diariament­e, a sociedade é bombardead­a com milhar de informaçõe­s e propaganda, do cão que morde o homem e não do homem que morde o cão. Os órgãos públicos não conhecem os povos e o país real, porque infelizmen­te, Angola é um país escandalos­amente desigual, com um governo que só é legítimo por força da fraude e da batota eleitoral, que levam depois os governante­s a aplicar políticas públicas danosas, quanto a redistribu­ição da renda e da riqueza, por esta razão, hoje, ninguém acredita sermos filhos de um país rico em recursos minerais e naturais, pela forma como está sendo gerido, o país, onde a melhor acto governativ­o do Executivo é apresentar o lixo como cartão postal, não de Angola das gentes sofridas, mas do PartidoEst­ado a quem saiu a letra, acabando o filme e tornando indefinido o futuro, face ao post do chefe indígena: “... 2022 vais gostar”.

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