Folha 8

A ESTRELA DE CAMPEÃO

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O atleta João Ntiamba é uma das mais vivas lendas do atletismo angolano, corredor e maratonist­a, que deixou o seu perfume e raça nas pistas de Angola e além mar, “cheguei a San Diego Califórnia EUA, onde fiquei entre 1992 à 1997, representa­ando a Universida­de de San Diego, tendo sido importante a preparação, para a minha participaç­ão nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996”, recorda, para esclarecer ter, entre os anos de 1998/ 2010 fixado residência, em Bogotá, na Colómbia, com passagens regulares pelas pistas e competiçõe­s, no Brasil, Minas Gerais, São Paulo e Santos, Panama City, Japão, Tokyo, Equador Quiayaquil, tendo nessa peregrinaç­ão representa­do vários clubes na sua intensa carreira; CORDEM, actual CDH, Inter da Huíla/ Angola, Primeiro D’agosto, Benfica de Lisboa, Belenenses de

Portugal, Universida­de de San Diego_ California, NEC do Japão, Funileses de São Paulo, Cruzeiro de Belo Horizontes e Universida­de Unimonte de Santos, Spira/ USA, Liga de Bogotá, Café de Colômbia, Nike Internacio­nal e Clube Ntyamba.

De realçar que o atleta começou a correr provas de estrada: 3 a 5 quilometro­s, até que um dos treinadore­s achou que poderia ajudar melhor a equipa, se passasse a correr os 400 e 800 metros.

No primeiro campeonato, onde participou numa prova de meio fundo dos 800 e 1500 metros, “fui campeão nacional, pelo Inter, essa foi um das razões que me levaram ao D’agosto e, aí chegado, continuei sem perder uma prova, na minha especialid­ade 800 e 1500 metros”, afirmou. Um atleta comprometi­do com a profissão, orgulhase “nunca perdi uma prova de pista até a minha partida para o exterior ou até hoje no território nacional”, explica com orgulho incontido. Durante quase 37 anos a correr em Angola e no exterior sempre partilhou os pódios, “com naturalida­de”. Actualment­e, o ex atleta tem ocupado o seu tempo, com actividade­s, fora do paradigma desportivo, dando assim uma outra dinâmica, na sua vida; “sou um cidadão nacional com o sentimento de dever cumprido. Sou reconhecid­o, até hoje, pelos feitos do passado, por ter levado o nome de Angola, ao top do mundo, por isso muitos me apelidam de lenda viva. Nostalgica­mente, mantenho viva a chama e a glória do passado, mas agora, sou poeta, cozinheiro, fisioterap­euta e massagista profission­al de qualidade”, afirma com orgulho.

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