A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ANGOLANA DE NORMAS TÉCNICAS – AANT: FUNDAMENTAÇÃO (PARTE
A institucionalização da Associação Nacional de Normas técnicas (AANT), para além de se fazer urgente, é um trabalho árduo que obrigaria a criação de várias outras instituições e/ou comissões de estudo em função da área de actuação e do sector a ser normalizado.
Oartigo é uma introdução da abordagem que culminará com a criação da Proposta de Institucionalização da AANT, mas por insuficiência de espaço, tal abordagem será feita em três ( 3) artigos a saber: i) A institucionalização da Associação Angolana de Normas Técnicas: Fundamentação ( Parte I); ii) Criação da Comissão para padronização da gestão de informação, documentos e de documentos de arquivos em instituições públicas ( Parte II); e iii) Criação da Comissão para padronização das politicas de gestão e conservação de instituições culturais ou de património nacionais e da humanidade ( Parte III). A criação da AANT representaria o surgimento de um Fórum Nacional Normalização, podendo ser constituída pelos Órgãos de normalização por sector de actividade e Criação de Comissões de Estudos, formadas pelos interessados no tema objecto da normalização. A instituição proposta seria comparada a ABNT ( Associação brasileira de Normas Técnicas) e a Agência Portuguesa do Ambiente ( APA). A preocupação resulta de dois momentos distintos: i) das reflexões resultantes do Webinário promovido pelo PROLINCI, organização vocacionada a divulgação dos profissionais formados em Ciências da Informação, pelo antigo Instituto Superior de Ciências da Comunicação ( ISUCIC), em que se discutiu a inserção do Profissional de Informação no mercado de trabalho, mas precisamente do Profissional Arquivista.
Estas reflexões, levounos a publicar neste Semanário, um artigo em que apresentávamos a nossa visão sobre a inserção deste profissional, a contar com a Criação de uma Associação de Arquivistas, Documentalistas, Bibliotecários e Profissionais de Informação ( AADBPRI), mas também, pela Criação da Associação Angolana de Normas Técnicas ( AANT); ii) das experiências acumuladas enquanto Chefe de Secretaria Pedagógica do Complexo Escolar Nossa Senhora da Anunciação e como Assessor Académico. No âmbito da Assessoria, encontrase constrangimentos na elaboração e formatação de Trabalhos de Conclusão de Curso de Licenciatura ( TCCL), as famosas Monografias por inexistência de Regulamentos Técnicos padronizados ( construção de referências bibliográficas e de citações). Na perspectiva de Secretário Pedagógico, enfrenta- se os mesmos constrangimentos, mas no momento de elaboração dos Projectos Tecnológicos ( TAP), uma vez que a orientação dos mesmos é feita localmente, devendo a correção final, ser feita pela escola pública responsável pelo acompanhamento dos Complexos Privados. Por esta razão, ainda é passível observar que trabalhos corrigidos pela mesma escola pública, contenha diferenças substanciais na formatação do texto, a construção de capítulos, criação de referências e de citações. Entendemos que estas dificuldades sejam genéricas para toda administração do Estado, Central e Local e a realidade de algumas instituições do sector privado e Públicoprivado, com excepção de algumas instituições do sector petrolífero. O modo como é administrado os documentos nas administrações distritais e municipais, será o foco no capítulo II desta abordagem. Até lá, restanos convidar- vos ao debate. Boa leitura! * Gestor e Especialista em Análise de Informação