RECORDAR VIVENDO, VIVENDO RECORDANDO
Ojornalista Victor Hugo Mendes faz uma confissão, pertinente, não é a única, não é o único, mas é de se levar em linha de conta, pois outros tantos, detentores de exímia pena (escrita), voz e desenvoltura profissional conheceram o mundo da discriminação e da exclusão, ao longo destes 45 anos de independência, onde em muitas ocasiões mais se privilegiou a bajulação que a competência. Vamos a constatação de Hugo: “A velocidade da internet muitas vezes leva a que cada um faça mil leituras do que a gente quer dizer. Muitos sem perguntar o que tentamos dizer fazem mil juízos de valor. As vezes, sabendo que haverá um evento e que existe a possibilidade de ser convidado, peço a Deus, que o organizador/produtor, se esqueça de mim. Havia um tempo, e não sei se continua, em que as pessoas, rogavam favores para estar numa kizombada, apenas para serem vistas. Para mim, elas conseguiam provar a sua baixa auto estima, e tal serviria para encher o ego. Sermos coados dum boda, pode ser até um grande favor que nos fazem, e como tal, devemos agradecer a Deus. Parece mentira, mas em 9 anos como trabalhador da Rádio Luanda, Eu nunca fui a um TOP desta Rádio. Nem como convidado nem nada. No entanto, a vida continua e a Kianda, assim como a TPA, continuam bem presentes na minha vida. Estou onde tu estás! Att: Para muitos estou zangado por isso. Eu? Jamais. Há várias entrevistas onde afirmo que o sítio onde mais feliz fui na vida, foi na Kianda, e só por isso, mesmo nunca tendo estado num top eu não me senti nem mais nem menos importante. Um contexto, um facto. Cada um entenda como lhe convém. 99.9 para sempre.