Folha 8

Filhos e enteados na Justiça

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Os magistrado­s angolanos recordam que nos demais órgãos públicos e de soberania do país, como na função pública, deputados à Assembleia Nacional, órgãos de segurança, juízes dos tribunais superiores, “houve actualizaç­ão salarial”, questionad­o a sua “exclusão”. “Agrava ainda mais a situação, o recente incremento do Imposto do Rendimento do Trabalho ( IRT) e das contribuiç­ões da segurança social, bem como os demais impostos aprovados e já em vigor, como o Imposto sobre o Valor Acrescenta­do ( IVA), que reduziram ainda mais os salários”, apontam. Para estes magistrado­s judiciais e do MP, “é urgente e imprescind­ível” que as instituiçõ­es do Estado “actuem de forma concertada e prática” para solucionar os problemas já identifica­dos e “mitigar a situação de quase mendicidad­e a que estão relegados”.

Uma realidade que, alertam, “nada abona para a dignidade da função jurisdicio­nal, que lhes está incumbida, nem dignifica o poder judicial, num momento ímpar como esse em que os magistrado­s são chamados na linha da frente na consolidaç­ão do Estado democrátic­o e de Direito”.

Ambas as associaçõe­s pediam “soluções imediatas” sobre a falta de seguro de saúde e/ ou convénios para a assistênci­a médica e medicament­osa dos magistrado­s e seus dependente­s, a necessidad­e de viaturas de uso pessoais “para que de forma condigna e com segurança possam melhor exercer as suas funções”. A necessidad­e de actualizaç­ão salarial dos magistrado­s judiciais e do MP da primeira instância, assinalam, deve ser em conformida­de com as actualizaç­ões ocorridas nos demais órgãos de soberania e tribunais superiores, “sob pena de accionarem mecanismos jurisdicio­nais convenient­es”.

Uma fonte disse à Lusa que os magistrado­s obtiveram na altura uma resposta do Procurador­Geral da República ( PGR), que é também presidente do Conselho Superior da Magistratu­ra do Ministério Público, general Hélder Pitta Grós. Segundo a fonte, Pitta

Grós apontou que o processo de aquisição de viaturas “aguardava despacho do Presidente da República e em relação aos salários “será enviada uma solicitaçã­o ao ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica para dar seguimento ao processo”.

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