Folha 8

MPLA diz que nacionalid­ade portuguesa da Presidente do TC não viola a constituiç­ão

- TEXTO DE CORREIO ANGOLENSE

Reagindo a polêmica sobre dupla nacionalid­ade da nova Presidente do Tribunal Constituci­onal de Angola, um responsáve­l da sede do MPLA, afecto ao secretaria­do dos assuntos políticos, Benjamim Dunda fez sair uma nota desdramati­zando o assunto. Dunda esclarece que “A Dra. Laurinda Cardoso poderia até ter três nacionalid­ades, não é alguma violação da constituiç­ão e da lei”.

De acordo com o político, “Na Constituiç­ão de Angola, as únicas funções incompatív­eis com a dupla nacionalid­ade são apenas as seguintes: 1- Presidente da República; 2 - Vicepresid­ente; 3 - Presidente da Assembleia Nacional”, rebatendo que “na linha sucessória, o que pode substituir o Presidente em caso de vacância é o Vice- presidente. Em caso de dupla vacância em que estejam impedidos quer o PR como vice, quem assume é o Presidente da Assembleia Nacional, vide Art° 132° da CRA. São essas três entidades que não podem ter dupla nacionalid­ade”.

“A ocupação de juíz, quer seja o juiz Presidente como os outros pares, não é incompatív­el com a dupla nacionalid­ade. O ruído que aparece em alguns jornais sensaciona­listas é mera tentativa para desviar o foco, dos que chegaram a liderança dos partidos com dupla nacionalid­ade, violando o próprio estatuto interno do partido”, lê- se na nota do responsáve­l político amplamente difundida nos fóruns sociais do MPLA.

Numa outra analise, o “Correio Angolense” do veterano Graça Campos, chama atenção que “a nomeação de uma cidadã com dupla nacionalid­ade para a presidênci­a do Tribunal Constituci­onal coloca o Estado angolano perante delicados constrangi­mentos de ordem política e ética. Nos termos da nossa legislação, Laurinda Cardoso não pode candidatar- se a Presidente da República. Mas será ela – se até lá for mantida no cargo – que dará posse ao futuro Presidente da República”. “Por outro lado, em qual das vestes ( angolana ou portuguesa) Laurinda Cardoso se encontrará quando – e muito possivelme­nte isso acontecerá várias vezes – for a Portugal em missão de serviço?”, questiona a publicação.

“Já não é barulho. É indignação!”

 ??  ??
 ??  ?? PRESIDENTE DO TRIBUNAL CONSTITUCI­ONAL, LAURINDA CARDOSO
PRESIDENTE DO TRIBUNAL CONSTITUCI­ONAL, LAURINDA CARDOSO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola