TRABALHADORES SEM CONDIÇÕES
Pese toda esta dinheirada investida nas acções materiais, no domínio dos recursos humanos, as condições só conhecem degradação, por falta de condições de segurança no trabalho; “lidamos com líquidos altamente inflamáveis, que abastecem Angola inteira, e não se pode perceber como é que funcionários de alto risco, não têm equipamento adequado, além de ganharem salários de miséria”, denuncia um membro da Comissão dos Trabalhadores.
Neste momento, na plataforma funcionam mais de cem ( 100) funcionários que reclamam ainda muitas injustiças, falta de cultura de diálogo e arrogância da direcção da empresa ( Pumangol), agora propriedade do Estado, mas cuja carteira de negócios já a coloca, faz muito tempo, no segundo lugar, como maior operador, quer em volume de vendas, quota de mercado, número de postos de abastecimento. “Estamos a trabalhar como robôs e escravos no Terminal TCPL, Terminal do Lobito, Terminal da aviação do Aeroporto, sendo este acervo que a torna num dos maiores da África Austral, que infelizmente, deixou de ter condições de trabalho e tem salários de um operador, entre os 170 a 220 mil, com os subsídios; supervisor 330 mil, quando estes, ligados a Pumangol, trabalham seis vezes mais que os operadores da Sonangol, porque, por exemplo, três operadores nossos trabalham 24 horas, para abastecer mais de 260 camiões cisternas de combustível”, acusou o sindicalista.
Por esta razão os trabalhadores, pedem a destituição do directorgeral, Ivanilson Machado, do director das operações do Terminal, Nembamba Vita, Pedro Manuel, subintendente do Terminal, Mandela de Castro, suprevisor e coordenador das Operações, face ao que alegam arrogância e não saberem comunicar com os funcionários”, denunciou um dos líderes do grupo de trabalhadores. Neste momento paira o espectro da greve, uma vez ter sido apresentado o caderno reivindicativo com 10 pontos, destacando- se; aumento salarial na ordem de 100%; remuneração pelo exercício de cargo de direcção e chefia; pagamento de subsídio de risco; enquadramento definitivo dos trabalhadores agenciados pela HRD; comprovativos do pagamento da Segurança Social; pagamento de horas extras; definição sobre a efectividade dos trabalhadores em caso de mudança de patronato; destituição dos gestores do Terminal; revisão do seguro de saúde sem copagamento e aumento da força de trabalho. F8 contactou a direcção da empresa, para o devido contraditório, garantindo haver sensibilidade para a resolução dos problemas colocados no caderno reivindicativo, pelos trabalhadores. Recordese ser o actual CEO do grupo, Ivanilson Machado, o primeiro angolano a ocupar o cargo e que já foi considerado uma das 100 pessoas africanas com maior ascendência no mundo dos negócios, mas falta provar isso aos trabalhadores.